Thursday, May 12, 2005

no nosso seio

Seio eu e sabem-no vocês.
Antigamente uma miuda entrava no Atenas e logo a
Sandrinha capitaneava as garotas no desbaste da neofita, (sua esta, sua aquela, quem espeta o garfo no tózinho sou eu, etc etc etc). A tipa até podia ser gira mas a Joana revirava a cabeça pra trás (lembro com saudade aquela juba tão eightys e que tantos alfas suscitou) e imediatamente desdenhava na pose, nos trapinhos, na botinha. Podia ser simpatica mas a Alda e a Maria Constantino (que transmontana rija nós tinhamos) de subito a diminuiam por não conseguir dizer de cor os estatutos do nucleo da juventude socialista de direito.
Ainda hoje o prof. dr Fonseca e o eng Tó P. se queixam que era por isso que não arrasavam nas gajas.
Mudaram os tempos, mudaram as vontades, o grupo evoluiu (????) vieram miudas, vulgares, giras, interessantes, camafeus, normais, exoticas enfim, julguei que a práctica ostracizante era coisa do passado...

Pois bem a história repete-se.
Nova leva de republicos ( por sinal bem mal lavadinhos ) e nova leva de miudas: linguajar "à norte" (vocês sabem como eu acho sexy), desenvoltas (parecem abelhas), animadas, militantes, com ar muito "saudavel", "robusto", e já o garoto se lança em diatribes contra o exagero proteico de algumas.
Sejam muito bem vindas.
Todas.
Não liguem às bocas.
Já sabem que se vos criticam é por...despeito.

30 comments:

Anonymous said...

Mulheres de Atenas

Lysistrata da 'Guerra dos Sexos', Aspasia de Mileto, Corina de Tanagra e Sapho de Lesbos - a primeira, personagem de Aristófanes e as demais atenienses que conseguiram romper o espaço minimalista reservado às mulheres na Grécia antiga.

Suas atitudes firmes inspiraram o movimento pacifista contra a guerra do Vietnam na década de 70 e fizeram com que - em março de 2003 - artistas de todo o mundo se unissem para protestar contra a violência diária, o terrorismo sem limite e as mortes desnecessárias causadas pela intolerância do governo Bush.
Situados na confluência da Europa e Médio Oriente, os gregos desenvolveram uma civilização que, dois mil anos depois, continua a enriquecer o mundo. Quanto às mulheres, eram contraditórios: veneradas sob a forma de deusas em santuários, não tinham nenhum controle sobre seu destino na vida real. Passavam directamente da ditadura paterna para a matrimonial e estavam, nos séculos VII AC a III AC, apenas poucos degraus acima do status de escravo.

As jovens não recebiam educação formal. Mesmo nas famílias ricas eram ensinadas apenas a cozinhar, fazer trabalhos domésticos e tingir tecidos. Entre os mais pobres, que não contavam com escravos, as mulheres faziam também trabalhos no campo. No espaço do lar - rico ou pobre - sofriam segregação: não ocupavam a mesma ala da residência reservada aos homens

Actuação na política, filosofia, literatura, poesia, pedagogia, incitação à transgressão e desobediência explicita às leis discriminatórias foram os traços que uniram estas 4 lendárias figuras femininas.

Aspásia de Mileto

Nascida na colónia de Mileto, Aspásia imigrou para Atenas em 450 AC e ali viveu como estrangeira residente. Educada e hábil na arte de conversar e entreter, conheceu Péricles, o mais poderoso e prestigiado governante de Atenas mas não se casou com ele. Ironicamente, uma lei de sua autoria proibia relacionamentos com estrangeiros. Passou a viver como concubina (pallakê), até que Péricles se divorciou da primeira mulher. O casal teve um filho.

O relacionamento entre os dois foi alvo de retaliação pela notória influência de Aspásia sobre a forma de Péricles governar. Embora tenha exercido a função de estratego durante 30 anos (460 a 430 aC), foi nesse período que Atenas atingiu o apogeu de sua vida política e cultural. Assim, o século V passou para a história como o 'Século de Péricles'.

O status de estrangeira permitiu que Aspasia não ficasse confinada ao lar, podendo frequentar qualquer ambiente.
Mulher legítima e legitimada e - ao mesmo tempo - amante, recebia no seu salão literário amigos e admiradores que eram tratados com polidez e delicadeza. Ali, Aspásia pensava, mostrava-se, exprimia-se.
Intelectual quando a norma exigia que a glória de uma mulher fosse a invisibilidade e o silêncio, companheira admirada e respeitada pelo marido.
O grande filósofo Sócrates a admirava pela 'rara sabedoria política', e 'pelo grande número de atenienses que com ela vinham aprender a arte da retórica'.

Corina de Tanagra

Atenas foi a cidade irradiadora de cultura do mundo antigo, mas a literatura grega clássica, a história e a filosofia se concentraram numa época breve e em espaços claramente delimitados.

Terminadas as grandes guerras, novas vozes se apresentaram, agora cantando o prazer do amor, as paixões, a vida e o vinho.
Assim era a poesia lírica (cantada ao som da lira) e uma notável representante do novo movimento foi Corina de Tanagra, também sacerdotisa. Uma sacerdotisa na Grécia antiga exercia o cargo de conselheira das lideranças e actuava como juíza em tribunais que julgavam criminosos.

Corina foi mestra do célebre Píndaro e escreveu 5 livros de poesia ligeira,- mas severa - daí seu apelido de 'A mosca'.
Em confrontos com grandes nomes das letras e artes, venceu 5 vezes os famosos concursos poéticos realizados em Tebas, num momento em que era vedada às mulheres a liberdade de expressão.

Sapho de Lesbos

Originária de uma família aristocrática da ilha de Lesbos, Sapho viveu na segunda metade do século 7 AC. e teve papel activo na política de sua cidade, antes ser exilada para a Sicília.
Enquanto esteve casada com o riquíssimo Cercylas, teve uma fila a quem deu o nome de sua mãe: Cleis.
Sapho dedicou-se ao serviço das Musas e chegou a conhecer, em vida, a fama e o reconhecimento à sua poesia, a seus cantos nupciais e a seus epigramas.

Depois de viver grandes mudanças internas, passou a ser discriminada, acusada de viver na marginalidade e de amar mulheres, entre elas Atthis, Télésippa e Mégara.

Escreveu nove livros de poemas líricos. As emoções fortes e atmosfera sensual que vinham de sua lira alimentaram o mito em torno de sua vida íntima, que vem provocando, desde a antiguidade, debates apaixonados e profundos.

Morreu ao atirar-se ao mar do alto do rochedo de Leucates, pelo amor não correspondido por um homem: Phaon, o Mitileniano.


Lysistrata e a Greve de Sexo

Uma das 40 obras escritas por Aristophanes (447 a 386 AC) 'A Guerra dos Sexos'foi uma comédia revolucionária para seu tempo: os 'heróis' eram mulheres.

Lysistrata, figura central da trama, comandou as mulheres de Atenas e combinou com as mulheres de Esparta uma greve inusitada para forçar seus maridos a encerrar a Guerra do Peloponeso, que estava destruindo as duas cidades-estado.

Quando voltavam das batalhas famintos de amor, as mulheres recusavam-se a fazer sexo e assim, os homens de Atenas e Esparta celebraram o tratado de paz.

'Lysistrata' pede oportunidades maiores para o sexo feminino, argumentando que as mulheres também possuem inteligência e juízo para tomadas de decisão políticas.

Consideradas propriedade, como os escravos - excepto para o sexo e multiplicação da espécie - as mulheres de Atenas souberam usar sua moeda de troca para comprar uma boa causa.
Se a Lysystrata que inspirou o autor existiu é uma pergunta sem resposta, mas o poder feminino que emana da obra de Aristófanes é inquestionável.

Das bravas mulheres de Atenas à mais radical militante século do século XXI a atitude feminina em busca da liberdade e do reconhecimento expressa uma vontade comum de mudar a vida em geral e suas vidas em particular, redefinindo os fundamentos culturais e políticos da sociedade.

Ops, desculpem, enganei-me no Blog, foi o seio da Dinamarca, essa gaja tira-me do sério!

Anonymous said...

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quandos eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas

Anonymous said...

Zeu s - Na mitologia grega, era o pai dos deuses e dos homens, o mais poderoso dos imortais.

Será imortal a mais bela das metáforas de um combóio rápido entre as duas principais cidades deste nosso Olimpo?

«Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome escrito tinhas.

A Vossa Deusa da Victória,
Nike

zeu s said...

Essa lysistrata saiu uma boa empata guerras, em vez de apoiar o seu marido (orgulho e raça de atenas) queria era andar metida com a safada de lesbos (tambem gosto). Lembra a velha historia de alguns marretas que na semana da queima "davam um tempo" nas relaçoes. já nao é do tempo do beersbilly que parece ainda novito mas ja com muito vício (ja agora ò billy porque marras com os velhos?), mas talvez seja do tempo do velho do calhabé, que parece, como nós gostar muito da preta. Nota importante aquele naco de prosa do gomes relatando as tardes antes de entrar no corsa do castelo. Peninha em grande revela um primor de escrita que nunca lhe foi reconhecido, que exotico uma loura culta...cultura revela páris numa reprise poetica algo desajustada (ainda nao sabes que mal saimos com as gajas nos devemos atirar logo, correndo mesmo o risco da nega e respectiva exposiçao pública, deixa lá a poesia e pensa mas é como lhes devemos saltar pra cima: "amigos já tenho muitos, cervejas tenho sempre poucas e eu quero é xoxota")

Anonymous said...

Com as mamocas a saltar fora do top, rabo a abanar à minha frente, fio dental na gaveta ou quando de saias de saias pelas virilhas, elas entram pela 1ª vez no Atenas. Ahhh mulher enxuta, rija, sua doida! Aos 12 anitos já tem corpo de mulher! Ainda dizem que há pedófilos! Não admira que todos voltem a cabeça para elas (até eu que sou mulher!)
Confesso que reparo em todas que entram no atenas e que os observo de cima abaixo, com estes olhos que a terra há-de comer, que as critico e estrebucho na cadeira! Ah poizé… É que enquanto os frequentadores do sexo masculino do tal café(sobretudo os mais velhos), tentam comer tudo o que lhes passa à frente e pensam como chegar aos entrefolhos das referidas garotas(legume fresco, sabe sempre bem), eu cá, penso em partir-lhes a cara!- Ou não me chamassem GAROTO! Mas não o faço. Contenho-me. Roída de raiva, é certo! Acabo sempre por aceitar as novas gerações do Atenas, até mesmo o gado feminino novo!
Agora até há um grupinho novo de 3 ou 4 meninas lá no Atenas. Rondam os 18, 19 anos e por sinal, até são amigas dos simpáticos moços da República que, faz já algum tempo, são tal como eu, assíduos do café. Uma delas até já tinha despertado interesse ao nosso Belho Careca, que ficou de queixo caído e olhos a brilhar quando a miúda abriu a boca - “ahhhhh deve ser venezuelana como a Mónica!”!- disse-me o Carecão a babar-se. Eu, burra, concordei. Mas no dia do cortejo da Queima das fitas de Coimbra, enquanto eu esperava os meus amigos para irmos ver o desfile, elas apareceram. Ressacadas e trajadas à estudante de Coimbra. Mas não foi isso que me incomodou. O que me incomodou, foi uma delas abrir a boca com um “bámooos Karvalho, tou a ficar nerbosa de estar aqui! Quero ir pró cortejo Karvalho!” Indignei-me. Estudantes de Coimbra(afinal não eram venezuelanas)! É preciso ter lata para trajar a nossa capa e batina e falar à cavadora! Lava boca sua porca! Ainda por cima, a mesma que humilhou o nosso traje de estudante quis-me levar o cinzeiro e perguntou-me: “fuma?” “claro que fumo”, respondi eu! E não lhe ter dado um enxerto de porrada… A BAKA QUERIA LABAR-ME O CINZEIRO!!!!
Mas este foi só um triste episódio, um mau exemplo das novas gerações que afluem ao nosso Atenas.
Todos os novos e futuros frequentadores do café são bem-vindos. Mas, fiquem sabendo desde já, que estarei sempre à coca e sempre pronta a cortar na casaca. E não admito ordinários! Exijo prova oral a todos!

Manuel said...

Cá pra mim estas são as mamas do Zeus

Anonymous said...

Agradeço as palavras, sempre amáveis, do nosso, e meu particular, amigo Zeu s.
Mas cumpre-me dizer que as belas palavras que escrevi não são minhas, pois não fui bafejado com o dom da escrita, elas são sim de dois grandes vultos da lusofonia (desculpa Tabucchi mas eu não acho esta palavra neocolonialista, de forma alguma)que são Augusto Boal e Chico Buarque.
Neste local ciberverborraico cabe, também, a cultura e eu pretendo continuar a divulgá-la, pois o Atenas não é apenas tremoços, cerveja e futebol. Habituem-se.

Anonymous said...

Camaradas, vou, hoje, transcrever-vos um breve trecho do futuro Presidente da República Portuguesa.
Espero poder criar, a partir daqui, uma vaga de fundo que permita aglotinar todos as nossas forças neste díficil combate.
Apelo desde já ao Secretário Geral do PASOK, Dr. Zeu s, e ao Venerável Presidente Honorário, o Vetusto Partizano Dr. Fonseca que comecem desde já a manifestar o seu apoio incondicional a este verdadeiro homem de Cultura e de Coimbra.
Morra o Cavacoanibalismo morra Pum!

«A cidade invisível dentro da cidade visível. Procuro nas pedras, procuro nas sombras. Talvezna Torre, a certas horas pparece que voga sobre o rio. Talvez em Santa Cruz, a de pedra morena. Costumo apresentar-me ao avô Afonso, às vezes passeio nos claustros, procuro o tempo condensado numa ogiva, num ângulo, numa rosácea, um pequeno fragmento de eternidade, um reflexo de luz, um triângulo, um zero, um símbolo, um sunal, um signo. Por isso gosto do Mosteiro de Santa Clara, os túmulos debaixo de água, as pias baptismais, as folhas a boiar, rosas de outras eras, ecos, restos, rastros. De quando em quando vou à Igreja de Santiago na Praça Velha, estamos em vésperas da batalha, sou Álvaro Vaz de Almada ajoelhado ao lado do Infante D. Pedro, Duque de Coimbra, Désir como divisa, tremulam as bandeiras, Lealdade, Justiça, Vingança, antes tenham vergonha da minha morte do que eu vergomha de viver.
Agora sento-me nos degraus da Sé Velha sobre a pedra desenhada por João de Ruão, oiço a guitarra inconcreta, não há ninguém no largo mas eu oiço a guitara, a voz, as vozes. Esta serenata é para mim e para ninguém, ré menor, lá menor, fado corrido. Passo depois pela Sé Nova, sento-me nos degraus, meu nome é Eça e digo em voz alta: Esta encantada e fantástica Coimbra. Estou a ver Antero, declama, gesticula, desafia Deus, ainda não chegou à língua nova dos sonetos.
Conheço as esquinas: em certas noites, depois de ler André Breton, viram subitamente para o acaso onde Nadja está à minha espera. Sentado sobre o rio entro na Torre de Duino a ler as Elegias, vou com Rilke pelo parque, ele fala da morte própria que cada um traz dentro d e si como um fruto, são arcos e arcos de solidão e então eu vejo: as serenas àguas do Mondego, sob as horas que vão.»
Manuel Alegre, in Rafael

Sublime.

Anonymous said...

Perdão, aglutinar!
Mea culpa, mea culpa, minha máxima desculpa...

Anonymous said...

Por favor não zurzam mais no Dr. Fonseca, tenham respeito pelos seus cabelos????? brancos!

A propósito:

«Era um velho que pescava sozinho num esquife na Corrente do Golfo, e saíra havia já por oitenta e quatro dias sem apanhar um peixe. Nos primeiros quarenta dias um rapaz fora com ele. Mas, após quarenta dias sem peixe, os pais do rapaz disseram a este que o velho estava definitivamente e declaradamente salao, o que é a pior forma de azar, e o rapaz fora por ordem deles para outro barco que na primeira semana logo apanhou três belos peixes. Fazia tristeza ao rapaz ver todos os dias o velho voltar com o esquife vazio e sempre descia a ajudá-lo a trazer as linhas arrumadas ou o croque e o arpão e a vela enrolada no mastro.
...
O velho era magro e seco, com profundas rugas na parte de trás do pescoço.»
Ernest Hemingway, in o Velho e o Mar

Anonymous said...

Beersbilly, por acaso leu a Ilíada, ou, mais prosaicamente, viu o filme Tróia?
Pelo seu comentário vou presumir que não.
Cumprimentos

Anonymous said...

Ops, esqueci-me da assinar o último post

Anonymous said...

eh eh eh

Anonymous said...

eh eh eh

Anonymous said...

F... comia o seu bolo de arroz como se de uma iguaria se tratasse. O que o levou a escrever isto nunca se determinou. Loucura incipiente disseram uns, solidão opinaram outros. Sobre a última opção F... discorreu, postulando a existencia de dois tipos de solidão, por arrogância e por modéstia. Esquizofrénico, embora em grau modesto, F... não se conseguiu colocar face ao seu próprio esquema de classificação. No entanto, isto tudo foi desencadeado por uma tremenda vontade de demonstrar, ali no espaço público, actividade e rasgo, pois não conseguia, uma vez mais meter conversa com aquela desconhecida, G..., que se encontrava na mesa à sua frente. Dificuldades de comunicação diriam uns, surdez e gaguez cavalgantes opinariam outros. É tão bonito escrever em guardanapos para que nos pensem inspirados ou mesmo geniais, reconfortou-se F..., pensando que G... seria mais uma oportunidade perdida. Retirou-se com brevidade, deixando alguns olhares circunspectos, ainda que nem tanto como se tentou convencer. Afinal, G... escrevia também, melhor com grande probabilidade, e até talvez tenha sido isso que levou F... a fazê-lo. Por certo voltaria a encontrar G... e os seus cabelos curtos mais logo.
F... viria realmante a encontrar G... nessa noite, porém, não se sabe bem porque pouco ligou a tal acontecimento. Talvez tudo faça apenas sentido num dado momento, numa combinação certa de multiplos parâmetros, os quais não existiam já à noite. O próprio bolo de arroz poderia ter sido determinante, há gostos tão estranhos!
Agora, passadas já -quantas? duas, três semanas?- não sabia ainda se reconheceria mesmo G..., tão efémeras eram as suas peculiares inclinações. É óbvio que isso provocava, e provoca, nitidas dificuldades de cooperação social produtiva, vulgo constituição de unidades familiares coerentes. Não que isso fosse uma preocupação determinante, a não ser a nível da definição de erotismo, palavra tão abusada quanto mal entendida. P..., um amigo, falara-lhe dum conhecimento furtuito, M..., uma estrangeira que F... julgava ter tambem já avistado na situação tão familiar já atrás descrita. Não a tinha voltado a ver, e tanto quanto sabia, M... também não.

Anonymous said...

burp!

eh eh eh

Anonymous said...

«...aqueles que por copos volumosos se vão da lei da sede libertando...»

Caro Billy, folgo em ouvir as suas palavras sábias, contudo...

1º O Brad Pitt não faz o meu género,

2º Blockbuster só conheço a loja dos videos,

Quanto a Wenders não poderia estar mais de acordo, se bem que este filme em particular não cabe no meu lote de indispensáveis. Eu prefiro a obra em que Wenders revela toda a sua cultura europeia mesclada com o cinema clássico americano.
Este filme parece-me algo desprovido de emoção, será talvez uma espécie de western imóvel, sem diligências, índios ou cowboys, uma viagem ao fim do deserto (mundo), narrado por um Ulisses taciturno.
A fotografia, acho sublime, as imagens das áridas extensões, de motéis e estradas sem fim.
E no azul pairam acordes lancinantes de uma guitarra.
Resta saber se o espelho era Ítaca.

O road movie é uma forma de cinema que me agrada, é um género catártico, mas com toda a sinceridade, não considero este filme o seu expoente máximo.

...e por fim confesso a minha falha cognitiva, mas não entendo porque foi este filme trazido para aqui.

Anonymous said...

ta-se

Anonymous said...

Uma Straight correcção!

Anonymous said...

DEIXEM-ME TRABALHAR!!!!!!!

Caro Billy, só um comentário breve acerca da sua apreciação, concordo a 90% com o anterior post, os 10% tem a haver com a palavra "inesperado".

Vou desligar! agora tenho que trabalhar!!!!!!!

Anonymous said...

eh eh eh

to cute to be straight

Ficou contente, peninha?

bjs

Anonymous said...

Páris, pensei que já te tinhas apagado

Anonymous said...

Respeito doutora!

Anonymous said...

que diferente está o ATENAS...

no meu tempo havia Rogers, zés, tozinhos, pires (que não os do café..)e afins...

hoje, pelos vistos, há Zeus?!?!, beersbilly?!?!?,´páris?!?!?!..
Valha-me Deus!!!

No meu tempo bebiam-se uns finos, mandavamos o Roger apontar no tecto (cuidadosamente, para não acordar o Araújo), jogava-se um risco, observavamos os velhos a enfiar canecas e a pedir ao Roger para dizer às mulheres que não estavam lá, ostracizavamos tudo quanto era malta "Nova" no pedaço...
enfim... no meu tempo aquilo era um café digno, de respeito, sério e com classe!!

hoje em dia, pelos vistos, mais parece um qualquer olimpo retalhado, cujos deuses insistem (paradoxalmente) no seu anonimato...

é que, para quem é "VELHO"... já custa a compreender...

Anonymous said...

beersbilly, compreende-se é a idade!
Mulheres, quase não existem... e as que existem, balha-nos zeu s!
Bem, de bez em quando lá aparece uma benzida pelos deuses!

Anonymous said...

eh eh eh

Anonymous said...

que ricas tetas!

Anonymous said...

Pois...tá lindo tá!

li tudo e vi os filmes...e devo dizer que o vosso "herói mitológico" - hercules (assim msm com ahà pequeno) está confiante em resolver o trabalho n.º 4... "o Labirinto de Creta"

Anonymous said...

Poizé! Fala, fala, fala e eu ontem estive lá à tua espera PENINHA! Então o dito duelo??? Fica sabendo que já levo 9 vodkas de avanço! Mas não vim aqui para cascar em ti (hoje não). Venho aqui para malhar em todos. Começam-me a enervar alguns blogs. Não sei se já perceberam, uma página de blogs, não é um chat do MSN, nem o serviço de mensagens da Vodafone.
ZEUS criou este site, mas nós é que o construímos. A ideia é qualquer um poder escrever o que lhe apetece, sem censura . Comentários estilo “eh eh eh” do SAILOR MAN e outros, passo a citar:
Zé do Telhado said... Páris, pensei que já te tinhas apagado

beersbilly said... eh, "to" ou "too"...
peninha said... agora aparece-me um zecolatreco do telhado
Ze do Telhado said... Respeito doutora!
o ordenhador said... que ricas tetas!
E muitos outros semelhantes, são bem dispensáveis! Para este tipo de frases, aconselho vivamente o já referido MSN ou os vossos telemóveis. Na maioria dos Blogs online, os comentários passam 1º pelos “gerentes” do site e só depois são publicados (isto se tiverem sido aceites). Usem e abusem,como diria ZEUS. Mas não nos moam a paciência com trocas de mensagens!

Anonymous said...

sem censura

eh eh eh