Saturday, May 21, 2005


Estes são os evzones, guardas do parlamento grego, defensores da liberdade de expressão. A foto è de Diana Mayfield.

Vou quarta à noite...

Thursday, May 19, 2005













em quem vota o atenas pra edilidade?
Carlos Encarnação e sus conpaneros
Vitor Baptista e sus camaradas
Um qualquer da Rua da Sofia
Um qualquer da Antero de Quental
Oh mãezinha porque nasci em Coimbra...
Está calado que no Porto e Lisboa é pior...



Free polls from Pollhost.com

Gato escondido? Vigarice ou incompetência.

De acordo com informações veiculadas hoje pela SICNOTICIAS, foram descobertas pela PJ, na sede do BES, as minutas manuscritas dos despachos exarados pelos ministros de Santana e Portas concernentes ao escândalo Portucale.

Vigaristas sem classe, intrujões incompetentes. Mais do que a subserviência politica em geral e dos partidos em particular, na sua relação com o poder económico, esta descoberta, a confirmar-se, coloca de novo na ordem do dia os considerandos acerca da incapacidade de uma certa classe de gamar em estilo.

Não é de agora.

Lembro com saudade as trapalhadas e indiscrições de antanho, em que o escol político do Atenas se viu (ou foi) envolvido.

À cabeça o célebre caso da “Vigarice das Letras” em que alguns camaradas do núcleo alegadamente teriam sido desviados da votação num “candidatão” para apoiarem o indescritível “teve sido”, o tal que nunca integraria uma lista “por ordem abcedaria”, distinto membro da não menos famosa “Casa da Praça”. Correu tinta nos jornais e quase sangue nas escadas do velho Etc., em boa hora surripiei o “Morais portátil” das mãos estrafegadoras do enorme candidato atrás referido.

Não foi por mal, foi mal feito.

Bem feitas eram, na ausência de sondagens, as analises das expressões de voto, do outro lado do vidro da sala de estudo, por entre as folhas de um qualquer jornal com um oportuno buraco. O estudo, salomonicamente dividido entre elementos “nossos” e “deles” (ou não…) servia para incrementar, desviar ou orientar, os esforços caciquistas em determinadas faculdades.

Era a bem do “normal funcionamento do acto eleitoral”.

Outra ocasião delicada ocorreu aquando das manigâncias do Dr. Sovaco ou “Tulios Detritos” como carinhosamente era apelidado no Pazok, o único homem capaz de comer e beber, ao mesmo tempo, chocolates, batatas fritas, cervejas e sumos, que a dançar fazia quilómetros no pardieiro da Afonso Henriques, e que terá esbofeteado o meu padrinho enquanto afirmava, peremptório, “esta noite a Joana é minha”, de sonho. Ainda correu a bom correr para fora do OAF, uns bons metros (até à João Jacinto na alta) e minutos à frente do presidente das “cem horas”.

Agora deixar provas escritas daquilo que se fazia, isso não. Não se roubava, não se traficava, não se mafiava, pueris manifestações de juventude diriam uns, inocentes brincadeiras de meninos diriam outros. Diversão à brava diria eu que fiquei com tantas histórias pra contar.

Monday, May 16, 2005

A Vitoria não aterra porque o Luisão voa mais alto

Luisão o bom gigante do clube da águia, sentenciou, com um desvio oportuno a uma bola lançada sobre a grande área sportinguista, o desafio que opôs no pretérito sábado duas das mais prestigiadas agremiações desportivas portuguesas, Sporting e Benfica.

Depois do longilineo central voar entre os centrais deu-se a explosão no mítico café da Lourenço Almeida Azevedo. Contraditório, o momento misturou gritos de alegria e raiva, apupos e bravos, risos e lágrimas, ilusão e desespero revelando a heterogeneidade constitutiva da massa que atentamente seguia o prelio.

Tudo começou antes com a prévia reserva dos melhores “spots”: Seniores debaixo da televisão (cataratas miopias e outras maleitas da idade assim obrigam), o hércules da Antero de Quental e um grupelho residual logo a seguir (daqui vê-se melhor dizia o garoto, olhos sôfregos nas pernas do Nuno Gomes), na mesa de entrada uns inquietos beersbilly e javali (que a cada comentário somavam um sonoro “mais uma tulipa”, numa algazarra infernal) , na mesa tradicional moi méme, as miúdas e um fresco e elegante Maneta (aquele rapaz…ai aquele rapaz é uma peninha sozinho em Lisboa à mercê da grande metrópole).

Por lá passaram o Eng. Rabbit, o Arquitecto com nome de mestre renascentista (malta prometi não escrever nomes próprios e esta foi a maneira mais simpática que encontrei, não se melindrem) em representação da família que a essa hora se contentou em ouvir relatos… (“eles foram tão longe, foram tão longe e embora tão perto, não vão mais alem” – vocês sabem do que eu estou a falar…).

Foi um fim de tarde de estalo: um creme de sapateira, pela mãe de Zeu s, um camião de finos, por Odin, um chorrilho de bocas, por norma, e a vitória da única equipa que quis ganhar, por acaso.

Por isto ou por aquilo o certo é que o Café estava cheio, a abarrotar, claques animadas, observações argutas e sagazes, adeptos ladinos e brigões, adeptos do 4-4-2 e do tudo ao molho, entre um fino e um tremoço lá saía um nome ao arbitro (segundo fontes bem informadas parece que o pai do dito senhor…enfim…já apitava). Como não podiam ganhar os dois, ganhou o melhor.

Ganhou o Benfica e o Zé (que calma…, que porte…, que elevação na vitoria…que forreta nos saiu o tipo não ofereceu um fino sequer…)

Não se confirmou a previsão daquele amigo meio mongo envergando um jersey encarnado, que, entrevistado antes do jogo, dizia:

P: Então qual vai ser o resultado?

R: Quinje a zero, (abana a cabeça e repete) sim senhor, quinje a zero…

P: Ahhh quinze…olhe e quem marca os golos?

R: O jugador… quinje a zero…

P: Ahhh o jogador…isso quer dizer que o homem da relva não marca?...

R: Marca. Mas é anulado…quinje a zero”

Momentos antes tinha acabado no calhabé a dolce vita da Académica com um regresso, espero que momentâneo e irrepetível, ao amargo sabor da derrota. Conta o javali que alguns adeptos apuparam (provavelmente aqueles que só vão se houver bilhetes à gola), e que a Mancha Negra aplaudiu e rodou os cachecóis, especial louvor para os últimos, que sendo os que acompanham nos momentos difíceis (parabéns vocês nunca estão sozinhos), sabem que foram os jogadores que fizeram tudo mais fácil.