Friday, November 25, 2005


Se o figado e o diabo temos que o punir.

5 comments:

zeu s said...

Há confusão por aqui e logo o alerta laranja, defcon 1, Vodafone Now “diz o que sentes”, acordando quem merecia mais respeito: allô? Allô? Daqui é o Nixon...sim da casa branca, é para o avisar que há confusão no blogue e já agora o MNE que não diga nada sobre aquela coisa dos aviões pretos...
Fiquei na minha. Aquela coisa dos aviões pretos podia ser preocupante, esfreguei vigorosamente os olímpicos apêndices, desentralhei o boxer das nalgas e fui ver o que havia no frigorifico, voltei atrás para as ritualistas ablações diárias.
Babei de antecipação enquanto descascava com mão firme, uma generosa fatia de ananás (por ser adstringente revela enormes capacidades na fixação dos radicais livres, que ainda os há e que tendem a fazer mal à saúde), que logo cobri com um iogurte bem batido e que me acompanhou até perto do totem dos tempos modernos.
Chamei o canídeo que tinha ouvido ao longe a destilar ódio contra um gato empoleirado numa arvore. A moinha do dia cinzento não o demovia, era o instinto, sempre mais forte do que qualquer laivo de razão que ainda lhe perpasse pelo cérebro, corre com a alegria inimitável dos livres e à sua insistência sobreveio a minha desistência.
Liguei na SICnoticias e depois dos habituais comentários depreciativos sobre a influência da crise nas compras de natal (olha a novidade), a nova vida de um pedófilo preso à solta (sou eu que pago a protecção desse filho da puta? E quanto é que isso custa?), lá veio a esperada mas nem assim menos brutal má-nova: tinha morrido George Best.
Dói sempre quando a luz de um ídolo se apaga, dói mais quando este percorreu todo o caminho que medeia entre o céu e o inferno. O mundo está indubitavelmente mais pobre. Neste natal brilhará menos uma estrela na constelação dos brilhantes, fora de série.
Foi nessa altura que me lembrei da Efémera, a tal que nasce com um dia de esperança de vida, faz surf, joga ténis, malabarismos circenses e ainda encontra tempo para o amor. Best foi uma Efémera, viveu pouco e num arame muito fino, excepcional e vulgar definiu parâmetros de alegria e tristeza, quantos poderão almejar encontrar o pote de ouro no fim do percurso sem conhecerem todos os cambiantes do arco-íris vivencial, poucos por certo.
Best conseguiu pelo menos ficar guardado a ouro no pote das recordações de milhões de fans, e o resto...o resto é conversa.
Este textozito serve, ao mesmo tempo, de singela e sentida homenagem ao ídolo de multidões e a uma reduzida mas muito escolhida multidão de ídolos deste blogger, é que vocês, para mim, são, Simply The Best.

Anonymous said...

Um brinde ao único Jogador britânico!
Ergo a Ti o meu copo de Jameson.
Até Sempre.

zeu s said...

Para saber mais num comovente relato da vida e génio de Best: http://www.ifhof.com/hof/best.asp

Anonymous said...

Jorge, és do Best!

Anonymous said...

"Em 1969 deixei as miudas e o alcool.
Foram os piores 20 minutos da minha vida."

George Best