Monday, May 23, 2005

Académica empata nas antas, Benfica campeão

Corolário natural de uma exibição resplandecente, o empate de ontem da Associação Académica de Coimbra no campo dos Dragões colocou um ponto final na discussão do título de campeão nacional. Joeano ao finalizar com intenção uma arrancada de José António retirou quaisquer veleidades de renovação de estatuto aos, agora, ex-campeões. Perante uma assistência expectante e que roçou o record de presenças no palco azul, os negros pardalitos demonstraram personalidade, saber e convicção, tendo disso obtido justo resultado e beneficiaram, indirectamente, as águias vermelhas que, nesse momento, empatavam a poucos quilómetros de distancia. Onze anos depois (longe dos históricos jejuns de Sporting, 18 anos, e Porto, 20 anos), a ilustre instituição da Luz obteve o cobiçado ceptro. Sem deslumbrar e mais com o coração do que com tecnicismos magistrais os comandados de Trapatoni sagraram-se donos do troféu. De Moreira a Delibasic, passando por Luisão ou Sokota, integrando elementos como Manuel Fernandes ou Karadas, esta equipa mereceu poder homenagear sócios, adeptos, simpatizantes e até a sua própria historia com particular ênfase no dramático momento em que Feher perdeu a vida envergando o jersey vermelho sangue. Glória à perseverança de um grupo que soube levantar-se após cada queda, honra seja feita aqueles que da união e da solidariedade fizeram um hino, parabéns BENFICA, obrigado pelo exemplo e pela alegria.
Notas: Para a entrega do conjunto de Coimbra no relvado da Invicta, para os portistas que acreditaram até ao fim, para a dignidade de Couceiro no momento da saída, para a inenarrável atitude de arruaça dos super dragões, para a medíocre prestação do Sporting no ultimo jogo da época (falta de entrega, indisciplina etc.). Para a festa que em todo o Portugal e nos vários cantos do mundo os benfiquistas souberam fazer.

13 comments:

Anonymous said...

Só foi pena que a festa, no estádio, tenha sido estragada por uns quantos energúmenos! Até á chegada da equipa, e tirando algumas bandas para encher chouriço, o ambiente foi incrível! A Catedral teve a vida que merecia na festa de coroação. Só foi mesmo pena aquele bocadinho final...

Cumprimentos benfiquistas

Anonymous said...

era uma peninha o benfica perder, mas as surras...

ai... ai... ai...

zeu s said...

Não será um primor de gosto mas que este corintio é muito expressivo isso ninguem pode negar. Uma justificação capitel, sobretudo para aqueles que, este ano foram colocados acanto. A vitoria foi mais dorica este ano. Sabem bem que seria impossivel zeu s tocar com outra coisa que não flores nas suas preciosas Hera Afrodite e Venus, todavia para mediar os conflitos teriamos sempre Páris. Energumenos há em todos os clubes, alguns até jogam na equipa principal...

Anonymous said...

Apoiado zeu s!

Viva o fair play!

zeu s said...

Vou mas volto rapidamente da cidade a que já lamberam o creme. Ontem grande noite no tasco. Quando cheguei depois de mais uma americanada cinematografica (fui ver o desaconselhavel sahara), encontrei o Atenas enfarpelado a rigor...ao longo de todo o balcao uma tarja de consideraveis dimensoes alertava todos os desprevenidos, elementos do psd em geral ou viajantes espaciais em particular para o facto do glorioso ser o campeao 2004/5, num acto de assinalavel generosidade o Zé fez bica aberta de cerveja para todos os clientes o que naturalmente moralizou as hostes, só hercules vociferava entre cada golinho de borla pela ostensiva presença do panal lampionico. Ao seu lado V. e seu nariz imponente secundava numa comunhao comovente, sao muitos anos, muitas praias, muitas viagens, muito tempo a cantar...Garoto em grande, partiu copos (Alegria...), bateu no v., olhou embevecida pra hercules e para os autocolantes que algum malvado colou nas costas deste, Ah e reiterou a promessa de não voltar a escrever no blog (tambem concordo, eu devia ter deixado passar a expressão "Heil Hitler", só faltava essa, volta garoto, mas desta vez menos nazi).

Anonymous said...

Depois de ter sido desalojada do tasco pelo terrível Z., G. resolveu ir pedir ajuda a N. Atravessou Coimbra, para grande terror dos seus habitantes, os conimbricenses, e entrou pela República adentro, indo direitinha à cozinha. Ao ver-se defronte daqueles espaços imundos e fedorentos vieram-lhe à memória os tempos felizes que ali tinha passado com aquele monstro aparvalhado, como se tinham divertido... agora, passados estes anitos, estavam já velhos e cansados. Como estaria o N.? Há já algum tempo que não o via e ele já não lhe escrevia desde a penúltima Queima, teria sido apanhado por alguma sereia?
Com um grito horrendo, G. anunciou a sua (dela) chegada. Nada. O mais completo silêncio foi a única resposta que apenas as nuvens de fumo lhe deram. G. sentou-se desanimada. E agora? ... Subitamente, vindo das profundezas do espaço, um URRO inarrável fez-se sentir. Começou como um leve borbulhar, rapidamente passando a um som insuportável cujo impacto fez G. estremecer: era ele, o N. estava vivo, não havia dúvida, tinha acabado de arrotar.

Anonymous said...

A cidade a que já lamberam o creme...Finais de 70, Low, Heroes e Lodger, a "fase alemã", Bowie e Eno, música pop, tecnologia eletrónica e alguma influência da música erudita de vanguarda, Christiane F.
O álbum Low foi pensado em termos de dois lados bem distintos: o A é mais pop; o B, mais experimental. Mas nem tudo é assim tão simples. No lado pop, graças às técnicas de gravação utilizadas, a voz e os instrumentos parecem robotizados, quadrados, esquisitos. As músicas têm uma atmosfera estranha, sintetizada e meio depressiva – e que acabou influenciando profundamente o pós-punk de bandas como Joy Division, Cure, Sisters Of Mercy e Bauhaus.
Ele começa com “Speed Of Life”. Depois vem “Breaking Glass”. A próxima, “What In The World. “Sound And Vision”, a letra é etérea e bastante sugestiva ("Vagando na minha solidão, sobre minha cabeça/ Não te espantas às vezes/ A respeito de som e visão?". “Always Crashing The Same Car”. Fechando o lado pop vem “Be My Wife”, ("Às vezes tu sentes-te tão sozinho/ Às vezes tu estás perdido/ Eu morei no mundo todo/ Eu deixei cada lugar").
Cocaína, muita cocaína...

By the way, alguém viu o espestáculo dos Joane e o Amendoim Saltitante na última Queima. Imperdível, no mínimo surreal.

E para terminar, umas palavrinhas para o meu particular e incomensurável (em carácter, obviamente) amigo Zeu s,

Sei que estás em festa, pá
Fico contente (por ti)
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Chico Buarque, Tanto Mar - versão original, vetada pela censura

Anonymous said...

Hannibal, quem é G? Tem uma história curiosa!

Anonymous said...

eh eh eh

Anonymous said...

só se fosse enroladinha numa mortalha...

Anonymous said...

... ou num véu...

Anonymous said...

E ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica, uééôô...

Anonymous said...

Agora foram os verdes a ganharem qualquer coisa...