Thursday, June 02, 2005


SARDINHADA NA FIGUEIRA DA FOZ uma peixeirada que ninguem quer perder

21 comments:

Anonymous said...

Acha que vai haver cana para tao grande peixe? acha?

Anonymous said...

Pela amostra parece-me é que vai haver pouco peixe... ou então não mordem!

Anonymous said...

Zeu s, que horror, que ordinário que o menino foi! Por amor de Zeu s não perca a compostura, olhe que lhe faz mal às rugas, qualquer dia parece o Dr. Fonseca (um pouco mais baixo de peito, é certo).
Não fique assim com o meu anterior post, pois ele era da maior inocência, apenas dava conhecimento de um evento histórico da noite Coimbrã, tantas tradições....
Olhe querido, boa sardinhada.
E já agora acompanhada de umas boas fanecas.

zeu s said...

Este Páris está a fazer com que perca as estribeiras, estou roido de curiosidade, quem será esta enigmatica figura? alvissaras a quem identificar tao esquivo elemento. É obvio que senti a alfinetada da noite da Broadway, juro que vi o anuncio e pensei : Queres ver, aí vem chumbo. E a personagem logo me fez a vontade, começo a entrar no teu pensamento Páris, vou no teu encalço. Não queres vir até à sardinhada? juro que te assava um pimento, que te partia um naco de broa, que te descascava a batata.

Anonymous said...

Meu Caro Zeu s, agradeço do fundo do coração o convite, contudo não vou estar em Coimbra.
Entretanto não te esqueças, há mais palcos para além da Broadway.

zeu s said...

ouve lá Páris e tu vais para onde? se não é indiscriçao claro. Longe de mim querer saber da vida dos bloguistas mas era pra te desejar uma boa viagem e quem sabe posso conhecer alguem que conheça o sitio onde vais estar e poderia ajudar a encontrar o melhor spot. Já agora sabes a data em que vai ser a sardinhada ou a data em que não vais estar em coimbra?

zeu s said...

O trinca espinhas entra de rompante e logo com uma afirmação (dúvida) pertinente e engraçada, num trocadilho fácil mas eficaz.O danadinho nao percebeu o cartaz: as mulheres querem-se como as sardinhas (adoro o nick).Velho do calhabé lançou âncora e nao sai do porto de abrigo, ainda bem que fundeáste aqui amigo. Beers e o mar a enrolar na areia, só que este toda a gente sabe o que ele diz, la vai lançando isco e rede.Peninha que boa onda, que maré alta, depois da tempestade veio a bonança e poderei deduzir que nos vais fazer companhia? naco de broa, batata com casca, salada de tomate e de pimento assado e a prateada, fresquinha, a olear os beiços fashion da malta. Os carapaus todos à procura de nema, e nòs, peixes de aguas profundas (ou nem por isso que eu adoro uma boa superficialidade), por entre a barreira de coral fugindo ao capitão de fragata, almirante de mar e guerra Hercules, ávido de peixes coloridos ou outro tipo mais agressivo: as piranhas pistoleiras de maceió ou as jacarés do iguaçu, as enguias do xilincuti. Bute todos mergulhar nos oceanos, estamos todos convocados (até o vitor baia), para a maior realização marítima desde a expo 98, a sardinhada de verão do Atenas, Figueira 2005.

Anonymous said...

Ai sim,ai sim...!?E eu...posso ir? Sim...?

Anonymous said...

Sardinhada em mar alto é que seria bem bom! A meio do festim, pular para dentro do oceano e... fugir do Tubarão!!!

Já agora, quem vem reforçar a Briosa? Quem sai?

Anonymous said...

Muito obrigado amiga Peninha!!!
o Vosso Hercules está um pouco mais velho...contigências da mortalidade!...
Mas, findo o trabalho que têm neste momento em mãos - descobrir o fim deste labirinto de Creta em que se transformou na actualidade o nosso blog, e rumará ao outro lado do Atlântico para um merecido repouso! do guerreiro...
Até breve!
P.S.a nossa sardinhada está um sucesso ainda na fase de preparação, já há deuses que pretendem "desembarcar" na marina, junto ao local da festança!

Anonymous said...

e o prémio para o comment com maior número de caracteres vai para..............

Anonymous said...

A grande peixeirada

Atena, uma rapariga que via através das paredes mercê de estranho dom com que Zeu s a presenteou ainda ela estava na barriga da mãe(??????), julgou estar perante uma ilusão de óptica. E, com a urgência de quem necessita tirar dúvidas sobre o que se vivia portas adentro, resolveu entrar naquele fórum, onde, o máximo que se pedia eram uns murrositos numa mesa, quadrada ou redonda, já que a forma era de somenos importância
Mal entrou, foi com espanto que viu uma banca em lugar de mesa e, os bordos daquilo que deveriam ser os suportes para os cotovelos como era suposto acontecer numa verdadeira mesa, estavam agora pejados de peixes, em vez de lá estarem os ilustres cotos de nobres cavaleiros e amazonas, ungidos na sua diversidade anatómica por ideais semelhantes aos dos membros da Távola Redonda numa prolixa demanda do Santo Graal.
Atena não precisou de se esforçar muito para concluir que, de debate sério e elevado, na divergência tão própria e salutar nas criaturas que com excepção dos macacos se conseguem sentar, nada havia que não se assemelhasse a uma grande peixeirada.
As escamas daqueles seres com assento na banca, voavam pelo ar em todas as direcções e mais rápidas de um qualquer míssil, fosse ele dos lados do Saddam ou de Bush. As cadeiras tinham o mesmo nefasto destino e, para completar o caos, ainda usavam como armas de arremesso cães e gatos de unhas e dentes afiados, dispostos a deixarem mossas coincidentes com os instintos naturais dos pobres bichos.
Como se isso não bastasse, os intervenientes recorriam também, com desusada frequência, à escarradela, mais carregada de brônquios em decomposição do que pulmão de tuberculoso, moribundo em elevado grau.
Fazendo jus ao título, eis os pobrezitos dos peixes, solhas na sua grande maioria, a alaparem-se viscosos na pele dos bancários (que deviam ser mesários), morrendo na maior inutilidade, achincalhados aos pés de todos quantos, na banca, calçavam sapatos italianos, socos ou chanatos, atestando, eventualmente marca de origem.
Para dores de cabeça e irritação, já chegavam, à rapariga, os rumores de uma guerra estúpida que se avizinhava sem dó nem piedade, disposta a lançar mais uma desordem no mundo. Então, certa de que a sua visão que atravessava paredes não a tinha enganado, resolveu fechar a porta daquele estabelecimento, eximindo a sua visão e demais sentidos a tanto ranger de dentes e esvoaçar de escamas, com plena consciência de que a guerra era tal e qual como a pescada ( mesmo a de rabo na boca); isto é: antes de ser, já era...

Anonymous said...

ICH HEISSE SUPERFANTASTICH: Alguns conhecedores mais escrupulosos do universo pop fogem do chamado «hype» como o diabo da cruz: se a imprensa musical inglesa diz unanimemente que uma banda é «genial», é seguramente sinal que essa banda não passa de uma reciclagem de outras bandas (geralmente dos anos setenta), acrescidas de uma pitada «po-mo» para seduzir literatos. Não sou tão exigente. O meu fervor pela pop é grande mas a minha cultura é um pouco restrita. Só me interesso maniacamente por dez ou doze bandas, o mais vem por acréscimo. Ouço na desportiva, por exemplo, os Strokes, uma banda recheada de hype, espertalhona da cabeça aos pés, mas claramente pirateada e regorgitada dos álbum de glórias. E não sinto peso na consciência.

A banda que este ano tem beneficiado de maior «hype» tem sido os Franz Ferdinand. Alguns amigos disseram-me cheios de certeza que eu ia gostar. E lá comprei o CD, deixado em celofane para levar no discman quando fosse de férias. Agora que vim de férias devo dizer que não tirei o álbum de estreia dos Franz Ferdinand do discman. É uma coisa realmente infecciosa, exaltante, fantastisch. Os rapazes de Glasgow têm a sua pitada cool, de alunos «de artes», conhecem a discografia básica, mas sobretudo parecem apostados na mais nobre tarefa da pop: levar raparigas para a cama. O álbum dos Franz Ferdinand consegue misturar a rockalhada mais honesta e desinibida com uns pozinhos de raiva, tusa, diversão, e até um ou outro momento sofisticado. Ou simplesmente descabelado, como a canção que termina com a repetição dos versos: Ich heisse superfantastisch / Ich trinke Schampus mit Lachsfisch / Ich heisse superfantastisch». Assim mesmo, em alemão.

Ouçam a primeira faixa, «Jacqueline»: começa de modo acústico, quase falado, gentil, numa versão sui generis (e algo cruel) do «transforma-se o amador na coisa amada»:

Jacqueline was seventeen, working on a desk
When Ivor peered above her spectacle
Forgot that he had wrecked a girl
Sometime these eyes forget the face they're peering from
When the face they peer upon
Well you know that face as I do
And how in the return of the gaze
She can return you the face that you're staring from.

E depois dispara o baixo que dispara as guitarras que puxa pela bateria, sempre entre uma pressa expressiva e uma maturidade (rítmica, por exemplo) notável. Um nadinha de distorção, uns teclados que soam a softcore francês, uma descaída na disco, riffs contagiosos, uma toada de crooning e muitos lalalas. Estão a ver a ideia.

Não espanto ninguém se disser que as canções são sobre boy meets girl (embora exista também um tema clarament «gay», o muito dançante «Michael»). As hormonas saltam, os rapazes ameaçam que vão «deitar fogo à cidade», descrevem píveas a dois em cinemas, elogiam e apoucam mulheres impossíveis que são todas (no fundo) possíveis, celebram o jogo honesto e mútuo do encornanço. Mas também escrevem, está uma canção sobre o «sucesso» e as suas delícias e decepções. E noutra Alex Kapranos (o vocalista) declara a vontade de perorar sobre «the boys I hate / All the girls I hate, all the words I hate the clothes I hate / How I'll never be anything I hate». Não te fies nisso, Alex.

Não sei se, como diz a imprensa, os Franz Ferdinand têm alguma coisa a ver com o «art rock» de outras bandas escocesas (que não conheço). Com os Talking Heads percebe-se que têm, embora disfarcem. Mas certamente nada têm a ver com a famigerada britpop, que depois de uma década de decadência agora se vê agora dominada pelos mui pífios Coldplay. No seu humor extremamente inteligente e um nadinha piroso (mas é propositado) os Franz lembram os Pulp, mas a sua mistura de agressão e hedonismo é muito mais juvenil. O rapazes são espertos que nem uns alhos, mas são uns vintões para quem o mandamento ainda é «to have fun». Mais tarde, quem sabe, escreverão canções sobre divórcios.

Anonymous said...

Biba a sardinha biba,biba!

Anonymous said...

Não pude deixar de reparar no súbito interesse musical dos meus companheiros bloggeiros, tendo por isso decidido a quebrar o silêncio futebolístico a que me votei desde o fim da superliga e final da taça, e presentear-vos com uma contribuição musical da qual não sou autor… mas subscrevo…

Estala a bomba e o foguete vai no ar,
arrebenta fica todo keimado,
é tão fixe ver os lampioes a arder,
pk perderam com a ekipa do sado...

a ekipa da ribeira do sado é k é,
espeta 2 tiros aos lampioes no pé,

a ekipa da ribeira do sado nao tem frieiras,
ganhou a taça aos lampioes no estádio de oeiras...


Levaram o Benfica a pontapé...
Os meninos da ribeira do sado são como as ovelhas...
Fizeram do Benfica uma equipa de azelhas!!

Anonymous said...

A IDADE DO VERÃO.
Deve ser da idade, mas nada me alegra tanto como ver o Agosto português cheio de chuva e de ventanias, com as praias ocupadas por gente desiludida. Pensei que era só mau-carácter, mas acho que é mesmo da idade, farto de ver imagens do Algarve, de ouvir gente falar do Algarve e de pressentir que aquela gente toda está mesmo no Algarve. Sei que é maldade, mas dou por mim a pedir uma vaga de frio que comece em Vila do Bispo e vá até ao Guadiana. E chuva. Chuva nas serras e nos areais, nos terraços dos hotéis. Trovoadas. Manhãs cinzentas. E um tempo brilhante, ameno, de Condeixa cima, evidentemente.

Anonymous said...

"Quero pintar uma tela branca. Como se faz? É a coisa mais difícil do mundo. A nudez. O número zero. Como atingi-los? Só chegando, suponho, ao núcleo último da pessoa."

Clarice Lispector

Anonymous said...

No dia de 3 de Junho, no ano de 1924, Franz Kafka morreu na sua casa em Vienna. Apesar da nacionalidade checa, nasceu e cresceu numa família de língua alemã, e nessa língua, tornou-se um dos mais famosos escritores. Ultrapassando a fronteira linguistica, tornou-se um ícone da literatura mundial do inicio do século XX. Contra a vontade do próprio, a maior parte da sua obra foi publicada postumamente.

"Todos os sofrimentos que nos cercam, é-nos necessário sofrê-los igualmente. Todos nós, não temos um corpo, mas um crescimento, e esse conduz-nos através de todas as dores, seja sob que forma for. Do mesmo modo que a criança, através de todos os estádios da vida, se desenvolve até à velhice e até à morte (e cada estádio parece no fundo inacessível ao precedente, quer seja desejado ou receado), do mesmo modo nos desenvolvemos (não menos solidários da humanidade do que de nós próprios) através de todos os sofrimentos deste mundo. Para a justiça não há, nesta ordem de coisas, lugar algum, não mais do que para o receio dos sofrimentos ou para a interpretação do sofrimento como um mérito."

"Teoricamente, só há uma possibilidade perfeita de felicidade: acreditar no indestrutível em si sem a ele aspirar.
O indestrutível é um; cada indivíduo o é ao mesmo tempo que é comum a todos, daí esse laço indissolúvel entre os homens, que é sem exemplo."

"Se caminhasses num terreno plano, se tivesses a boa vontade de caminhar e desses apesar disso passos à rectaguarda, então tratar-se-ia de um caso desesperado; mas como sobes um pendor tão escarpado como tu próprio visto de baixo, os passos para trás só podem ser provocados pela natureza do terreno e não tens que desesperar."


Franz Kafka, in "Meditações"

Anonymous said...

A profusão criativa deste blog deixa-me arrepiado. O local ideal para reencontrar algumas das mentes mais sublimes de Coimbra, concentradinhas no café Atenas. Para quando essa sardinhada? Só de ler isto já fico com a larica...

Vosso
Tubarão

Anonymous said...

Cantares

Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.

Nunca perseguí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.

Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...

Nunca perseguí la gloria.

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.

Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.

Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...

Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar:
«Caminante no hay camino,
se hace camino al andar...»

golpe a golpe y verso a verso...

Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
«Caminante no hay camino,
se hace camino al andar...»

golpe a golpe y verso a verso...

Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
«Caminante no hay camino,
se hace camino al andar...»

golpe a golpe y verso a verso.


Letra de Antonio Machado e Joan Manuel Serrat
Música de J.M. Serrat

O grande Cantautor espanhol, aliás, Catalão, aliás Maditerranista.

Anonymous said...

páris ...
no continente vendem-se núcleos últimos de pessoa a 5 Euros na medida de 30x40cm aproximadamente. no jumbo a nudez não é tão explícita apesar de mais barata! no pingo doce, já se sabe, é quase tudo de linha branca.
(isto só vem a propósito porque na figueira há jumbo e pingo doce)

o capitel