É já na proxima sexta que o nosso estafado hercules inicia o periplo anual por terras de vera cruz. Mais do que uma cruz carregada com gosto o verdadeiro calvario de hercules é voltar deixando para tras um pais de imensas belezas naturais tendo como unica companhia o narigudo do orelhudo. Cumpre lembrar que o nosso pais ha muito abandonou as practicas colonialistas do quero posso e mando sobre a terra de cabral. Com efeito, desde o grito do ipiranga, que a velha metropole olha com outros olhos, porventura mais esbugalhados, para aquela que foi, outrora, a joia da coroa, mais ao genero do "coroa..cê é uma joia viu". Sao agora mais os gritinhos de prazer que se fazem ouvir, no aeroporto, na praia, na padaria, no moteu. Somos já um dos paises que mais investe no promissor pais de ronaldo, seja em jogadores de futebol, bares de praia,daniela cicarelli, hoteis alto standing, import/export variado, telefonicas, electricas, e até companhias de aviaçao. Longe vao já os tempos das novelas, gabriela, roque santeiro, tieta e outras.Agora é mais calcanhoto, yvette,o pensador.O brasil já nós conhecemos de outros carnavais com menos pluma mas sempre muito animado. Vai hercules e procura trabalhos, nós por cá vamos começar a mae das discussoes: Qual o perfil para uma namoradinha do nosso heroi? contributos sao bem vindos...sem malicia.
Não quero acreditar neste post. Terá mau fim. Será de todos o menos participado, o menos inspirado pois começou com o Zeus mais envergonhado e limitado.
Vou para o Novo Mundo! Aqui deixo o meu trabalho no verdadeiro labirinto de Creta em que se tornou este "Eneídico" blog do "cafeatenas". Obrigado Zeu s por esta cruz... nós os mortais merecemos estes castigos, e eu mereço ser degredado para o Brasil!... Vou com Numeróbis o excelsio arquitecto egípcio, que de certo me dirá quais as novas "construções" para o mundo velho. Numeróbis me aconselhará, e depois no regresso à Atenas sagrada!... a cobra (a Hidra)das sete cabeças me esperará e eu sem temor - Ó Zeus - a enfrentarei!!! Rejuvenescido no Novo Mundo, não recusarei nenhum dos 12 trabalhos, e a alegria e a festa atenienses reinarão, até que o último deus do olimpo, "Baqueie" frente à Bárbarie. As Ninfas e Musas cantam já suaves e doces melodias...Zeu s!... esta é a condição do pobre Mortal!
As comidas típicas, as belas praias, o carnaval e os monumentos históricos não são os únicos elementos utilizados na propaganda turística sobre o Brasil. Para Maria José Bacelar Guimarães, coordenadora administrativo-financeira do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), a imagem da mulher brasileira associada à sensualidade também é muito freqüente nessas propagandas, o que colabora para o crescente número de visitantes que chegam ao país em busca do turismo sexual, especialmente no litoral do nordeste. Segundo alguns textos do Chame, a Bahia passou a se destacar na última década, como um dos pontos mais procurados na rota do turismo sexual e, por conseguinte, como um dos principais pontos do tráfico de mulheres para o exterior.
O Chame surgiu a partir de uma demanda do FraueninformationsZentrum (FIZ), o Centro de Informação para Mulheres da Ásia, África, América Latina e Leste Europeu, baseada na constatação do alto percentual de brasileiras envolvidas em casos de tráfico internacional de mulheres e na necessidade de estabelecer políticas de prevenção nos países de origem. O Chame foi implantado em Salvador/Bahia em 1994. A partir de 1997, foi instituído como projeto permanente de extensão do Neim (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher), da Universidade Federal da Bahia e, em 2001, tornou-se uma associação civil sem fins lucrativos. Maria José Bacelar Guimarães concedeu entrevista à ComCiência falando do turismo sexual e do tráfico de mulheres, e revelando a necessidade de conscientização e sensibilização da sociedade para as questões que envolvem essas práticas.
ComCiência - O que se deve considerar como turismo sexual? Maria José - O turismo sexual se caracteriza pelo deslocamento de homens de países ricos para países pobres ou em desenvolvimento, em busca de aventuras eróticas. Assim, é considerado turista sexual o estrangeiro vem ao Brasil com o objetivo específico de encontrar mulheres jovens ou adultas com as quais possa realizar fantasias sexuais. Mas esses homens não procuram profissionais do sexo, e sim garotas ou mulheres que os acompanhem durante sua permanência no país, não apenas atendendo sua expectativa sexual, mas servindo como guias, indicando desde pontos turísticos, até os locais mais seguros para que eles circulem sem que sejam explorados. Desse modo, o turismo sexual em geral vem acompanhado de outras condições, o que dá ao turista uma temporada no Brasil mais barata (porque não pagam guias turísticos, por exemplo), e livre de problemas (porque se sentem mais seguros).
Quando estudamos o turismo sexual estamos nos referindo a esses casos, que algumas vezes são uma porta aberta para o tráfico de mulheres. A migração feminina se configura como tráfico quando as mulheres são envolvidas emocionalmente para concordarem com sua saída do país e, ao chegarem no exterior, têm seus documentos apreendidos e são impedidas de deixarem os locais em que se encontram, enfim, quando sua liberdade de ir e vir é tolhida e a mulher permanece "presa" a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. Alguns argumentam que o fato da mulher ter decidido livremente deixar seu país não caracteriza o tráfico. Entretanto, ao afirmarem isso, as pessoas não consideram um ponto importante: as circunstâncias em que a mulher concordou. Ou seja, de um modo geral ela desconhece, antes de sair do Brasil, as condições de vida que terá no país de destino e só ao chegar lá se defrontará com a dura realidade, que envolve discriminação, violência e abuso sexual, trabalho ilegal, escravidão, dentre outros. Há ainda um outro fator que também é decisivo nessa decisão: acalentamos o "sonho" de que o casamento com um estrangeiro, as perspectivas de um trabalho e a vida no exterior constituem em excelentes oportunidades para melhorar suas condições de vida. É evidente que esse sonho é alimentado pelo total desconhecimento das reais condições em que se vive como migrante em outro país, em especial em um país desenvolvido.
ComCiência - Como vêm se desenvolvendo as pesquisas sobre relações de gênero e turismo sexual? Maria José - Esse não é um tema simples, ao contrário, é bastante complexo, e envolve uma multiplicidade de fatores (culturais, políticos, econômicos, psicossociais, étnicos etc.). No Brasil, este é um tema muito pouco estudado. Entre os principais pesquisadores brasileiros estão Adriana Piscitelli, pesquisadora da Unicamp, que desenvolveu uma pesquisa sobre Fortaleza, e Antônio Jonas Dias Filho, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que estudou o turismo sexual em Salvador.
Também o Chame tem produzido textos voltados para o trabalho de sensibilização e para a divulgação da temática em eventos nacionais e internacionais. Em julho de 2001 o Chame publicou o trabalho intitulado "Empresário procura mulher jovem, morena, bonita, liberal... - Explorando os anúncios de estrangeiros" resultado de uma pesquisa desenvolvida por mim, articulando, na análise dos anúncios veiculados por estrangeiros em jornal local, a teoria de gênero e o turismo sexual e a migração feminina internacional, temas envolvidos nesse material. De qualquer modo, não se deve esperar que uma pesquisa possa fornecer números e percentuais exatos acerca do turismo sexual, afinal não existem pessoas que se identifiquem como turistas sexuais, pois essa é uma prática que ocorre à revelia da lei, na clandestinidade.
ComCiência - É possível dizer que o turismo sexual é mais freqüente no litoral? Maria José - O turismo sexual no Brasil é realmente muito mais freqüente nas cidades litorâneas. Em parte isso se deve exatamente a uma espécie de pacote turístico que as agências de turismo divulgam e que coloca o conjunto praia, sol e mulheres brasileiras. O corpo seminu da mulher é freqüentemente veiculado nessas propagandas, até mesmo quando estão divulgando o turismo ecológico. Esse conjunto é a imagem do Brasil que é passada no exterior. Fica claro para o turista que aqui ele vai encontrar sol, mar, comidas exóticas e muitas mulheres à sua disposição. Pensando nas conseqüências dessas propagandas é importante que seu conteúdo seja alterado, porque até mesmo propagandas oficiais trazem esses elementos como um atrativo. É importante frisar que é possível fazer uma propaganda turística exaltando os monumentos históricos, a comida representativa da nossa cultura e a beleza natural das praias, sem utilizar o corpo da mulher, a exemplo do que vemos em propagandas turísticas da maior parte dos países europeus.
ComCiência - De que forma essa imagem da mulher se formou? Maria José - Acredito que isso tenha raízes históricas na nossa cultura. Os livros de Jorge Amado, por exemplo, que foram traduzidos em inúmeras línguas, trazem a figura feminina como sendo a mulher "de cama, mesa e banho", à serviço do homem. Essa é a imagem da mulher brasileira que é vendida no exterior. Os estudos de Gilberto Freyre mostram como a mulher, principalmente negra, tinha uma condição diferente. A mulher negra é aquela que estava à disposição do dono da casa e também dos visitantes, transformada em objeto de satisfação dos seus desejos. A mulher branca era a dona da casa, aquela que deveria procriar, era preservada, não ficava exposta às vistas dos visitantes. Tanto que as casas tinham um espaço reservado para as mulheres e não era permitido ao visitante ter acesso a ele. Existe nesses exemplos uma visão sobre a mulher branca e sobre a mulher negra. Essa imagem da mulher negra, fortemente associada a uma função sexual, continua presente hoje e apresenta como alvo central os corpos das mulheres, representados como objetos de desejo, transformados em símbolo nacional. Na realidade do turismo sexual, apesar da preferência evidente pela mulher negra, trata-se da mulher brasileira, seja ela branca ou negra. É uma situação que pode envolver todas as mulheres. Por outro lado, também não considero que o turismo sexual envolva exclusivamente mulheres oriundas de famílias de baixa renda, porque existem muitas mulheres e garotas que sonham namorar estrangeiros, esperando encontrar o "príncipe encantado", aquele que transformará a sua vida, tornando-a "feliz para sempre", em um país "civilizado".
ComCiência - Por onde passa a solução dessa questão? Maria José - Essa questão demanda antes de tudo uma mudança de mentalidade, demanda a sensibilização das pessoas para que percebam o que está por trás desses homens que aqui chegam de férias, cheios de gentilezas e dólares, e agora euros, para gastar. O Chame foi criado a partir da experiência de sua fundadora, a brasileira Jaqueline Leite, no atendimento a migrantes da América Latina no FIZ . Esse centro é uma associação independente, sediada em Zurique/Suíça, que tem por objetivo principal o combate à exploração de mulheres estrangeiras na Suíça, e é mantido por diversas organizações de mulheres, instituições de políticas desenvolvimentistas, centros religiosos e fundos públicos do governo suíço. Anualmente, eles enviam uma estatística do atendimento, mantendo-nos informados sobre o atendimento pessoal, atendimento telefônico, atendimento a mulheres e crianças e os temas dos atendimentos. Essas informações são importantes para avaliarmos não só a demanda como também os principais problemas vividos pelas mulheres migrantes. No ano de 2000, por exemplo, último relatório recebido, o FIZ atendeu a 1797 mulheres, destas, 313 com crianças na Suíça e 279 com crianças em outros países. Entre os temas do atendimento a violência (psíquica, física e sexual) foi relatada por 205 mulheres, separação e divórcio por 135, direitos de estrangeiros, 114, dentre outros.
A criação do Chame visou alertar e prevenir a sociedade para os riscos da exploração da mulher jovem e adulta nas diferentes formas de migração e recrutamento para o trabalho forçado (sexual, doméstico e demais modalidades de escravidão, usualmente relacionadas à violência física e/ou psicológica), respeitando a sua liberdade de escolha.
ComCiência - Em quanto a participação de crianças e adolescentes na prática do turismo sexual? Maria José - Quanto ao tema prostituição infantil, ele não faz parte da abordagem do Chame. No que se refere ao envolvimento de meninas com o turismo sexual, é um crime caracterizado na legislação brasileira como pedofilia e os envolvidos nessa prática são devidamente enquadrados na lei. Para tanto, é indispensável a denúncia, para que a polícia instaure o inquérito que apurará os fatos e dê prosseguimento à ação condenatória dos responsáveis. Esta, inclusive, tem sido uma preocupação constante dos órgãos governamentais, no sentido de abolir definitivamente esse tipo de ação, seja ela praticada por estrangeiros ou brasileiros.
No que se refere ao tráfico de mulheres, uma situação que dificulta muito a ação da justiça é a raridade das queixas. Essa situação ficou visível pelo Centro de Referência de Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), que identificou raras ocorrências de denúncia do tráfico. Esse fato não só dificulta a investigação como também, e principalmente, inviabiliza o conhecimento dessa realidade. Entretanto, é de certo modo compreensível essa dificuldade, uma vez que o tráfico de mulheres é ligado a uma rede de poder muito forte e as mulheres são coagidas e intimidadas, sob o risco de vida não só delas como de seus familiares, para se manterem em silêncio. A percepção dessa dificuldade, a partir, inclusive dos resultados da pesquisa do Cecria, tem mobilizado os órgãos governamentais no sentido de propiciar a proteção das testemunhas. Apesar disso, a garantia de direitos no que se refere a essas questões ainda é muito precária em nosso país, e torna necessária uma luta constante da sociedade civil organizada para conseguir avanços.
Meu caro conselheiro, sem reduzir a importancia do teu interessante reparo, posso argumentar que o snack do benfiquista da pampilhosa tem produzido poucos motivos de interesse. Aceito propostas com a abertura que, creio bem, me é reconhecida. Lamento nao estar à altura dos elevados padroes de exigencia que pareces partilhar com o alexandrino nao fora a referencia deste ultimo à pomba gira. Poderei equacionar mesmo o convite a todas as figuras publicas que precisem de limpeza de imagem por estarem indiciadas de qualquer crime como faz o rei do humor de carnaxide, ou arrastar para o blogue um infindavel numero de ranchos e bandas filarmonicas à laia do programa da manha. Se o orçamento o permitir poderemos endereçar convites a anoes e gigantones; Leoes, dragoes tambem sao opçao dada a sua baixa cotaçao. É tudo uma questao de gosto e oportunidade, entretanto, se o fastio for demasiado, vao ambos dar uma volta pelo blogue do pacheco (o sitio do nao) e depois regressem. Abraço
Caro Zeus, Eu sei que quando não se sabe boiar é dificil ficar à tona.A água não é concerteza o teu habitat. Já nem consegues digerir os jaquinzinhos...Preferes uma bela pata do teu burrico, ele tambem um compagnon. Atirar para a frente um post para ver no que dá e depois ficar só com o menino nas mãos... por via das dúvidas toca a largar a última deixa imediatamente antes de criar um novo post(?). Tu é que sabes. É o teu blogue. Mas não te fica bem. Coompreendo que não seja fácil ter de debitar quilómetros de texto (com a qualidade a que te obrigas) quando aparecem uns quantos pica-miolos. Mas,e as palavras não são minhas, pelos vistos a chegada destes Vikings foi um balão de oxigenio para o blogue. Quem o diz é um dos teus. Não, não é o teu burrico nem será nenhum dos Rocinantes.É decerto Alguém que sussurra a teu favor porque reconheceu que as coisas estavam mais para cá do que para aí. E depois? Qual é o mal? A sua maior participação é a nossa grande vitória! Somos arrivistas? Talvez. Entràmos para mexer, conseguimos. Como sabes quem somos, cada um de nós sem excepção, que pretendes quando tentas agrupar tres personagens numa só, usando para tal outra, essa sim meu alterego? Sempre soubeste qual o ambito de intervenção de KamurKalho. Porque tentas confundir este blogue já de si labirintico? Para quê ter de explicar-me. O teu receio também pode ser objecto de uma qualquer teoria freudiana. Bater e fugir é mais perfido. Devo dizer que ninguem conseguirá apagar a marca de água da dignidade com que participo neste blogue. Sou Thor, por ele respondo. Conhecer os discordantes é uma vantagem que por eles nos foi oferecida; não conhecer os acólitos dá para deles desconfiar. Conjuram agora que há interesse, preparam estratégias, mudam de nome. Sob a tua benção... mas diz-me, conheces ou calculas quem sejam? Não importa, desde que pra cá haja umas quantas calhoadas, passam a negociar estatutos de acima de qualquer coisa. São os compagnons de nunca. Provavelmente este post(?) é a marca daquilo que presidiu à feitura deste blogue. Um misto de hobby e futilidade. É a diletancia de uns quantos. Tambem não tem mal. É pobre mas controlado. Quando o fim chegar, nada fica, a não ser uma saudade tipo jogos de Setembro. Já agora devo informar-te, que por cá continuo na esperança que o próximo post seja melhor. Aquele enorme abraço e desculpa qualquer martelada mal dada do THOR.
P.S.- Queria comunicar-te que o FITZPATRICK faz anos dentro de dias, mas por favor não ponhas isto à discussão. Qualquer bolita ou osso serve e não se fala mais nisso.
Carissimo Thor que saboroso é ter desafios como os que generosamente debitas, fazes lembrar no virtual as infindaveis discussoes de antanho, essas bem reais, no café da Adelaide (meninos!!! olhem o barulho). Como essas tambem estas me agradam de sobremaneira, sobretudo quando sugeridas por alguem que muito prezo e respeito como é o teu caso, bruto do norte. Nunca o conteudo fez diferença, a tua abrangencia intelectual cobre vastidoes de saber, nunca a forma constituiu problema, a tua versatilidade é ja proverbial. Folgo em ver que continuas igual a ti proprio: rapido na ultrapassagem da razao pela emoçao, um peito aberto na era do calculismo, o exemplo paradigmatico da inteligencia emocional. Porque me pareces agastado terei que esclarecer alguns dos mal entendidos que me parece resultarem da tua analise inflamada. Zeu s nao boia, navega, surfa, deleita-se com tudo o que o egeu tem para lhe oferecer. Zeu s nao teme a vaga alterosa, cavalga-a em estilo, porventura num estilo muito seu, incompreendido por muitos mas admirado pelos que lhe interessam, e a Zeu s, deus poderoso mas simples, interessam-lhe poucos, tu, alias, na tua rebeldia pouco gelada, és um deles. Deus de gostos modestos, ainda guardo as sensaçoes marinhas sugeridas pela degustaçao dos jaquinzinhos que o Kamurkalho gentilmente ofereceu. Espartano continuo a preferir o meu burrico sereno que facilita o raciocinio, à cavalagem inquieta que só proporciona sustos com a quadriga dos pensamentos. Poderoso como sou nao me assusta a necessidade de comentar os sucessivos contributos que fazem deste um blogue muito especial, com os mais desenvoltos pica-miolos do mundo virtual. Que a chegada dos teus trouxe um novo fado a esta secçao da blogosfera, disso nao restam duvidas a Páris nem a ninguem, e se nesse ambito estamos conversados, sempre te lembro que nao era eu que pensava que tu eras "perigosamente inteligente" quando contigo fazia lobby (contestado) na luta contra os instalados romanos (que como todos sabemos sao doidos). Não recuso aliados se lhes reconheço valia, mais valia era que, como eu, todos se preocupassem mais com o destino do que com a origem, em saber para onde vamos mais do que donde viemos. Se feri por confusao lamento, que Lethes te diminua o sofrimento, sacrificarei a tal o meu mais querido borrego no seu altar. No calor da refrega terei cometido o pecado, nao de tomar a nuvem por juno, mas os acolitos por Thor, erro meu, má fortuna. Explicando a diletancia que afirmas presidir aos intuitos deste etereo espaço, regular e sistematicamente renovado, devo alegar que sempre foi pelo ócio que produzimos o pensamento; Que foi pelo gozo que inventamos os jogos que teimamos em organizar nas datas precisas, elegendo os melhores atletas todos os setembros, creio até que nao te serao desconhecidas algumas coroas de louros... Este olimpo persegue denodadamente esse ideal. Não te abespinhes em demasia, para as agruras da vida real temos os nossos escravos, eu, por sinal, tenho um tao insolente quanto nutrido, de nome monteiro cujo cao, um pequeno rafeiro preto que trouxe da iberia, teria muito gosto em visitar o teu nobre cao do norte o FITZPATRICK e com ele partilhar uma bola ou um osso enquanto os donos degustassem uma lerca, um whisky e aquele céu.
É pa por amor de zeu s que interessa onde vai jogar o ricardo fernandes, ó velho arranja uma vida e vê lá se refreias a veia informativa. Nós tambem folheamos jornais e esta overdose de dicas e tricas sobre a preta já cansa. Nunca mais acaba o defeso. Chiça. Já sabemos do teu engagement, tens bons scores na votaçao que queres mais? Um ou dois comments vao chegando.
O grego Sócrates, um dos maiores pensadores de todos os tempos, costumava reunir os seus discípulos na Ágora, antigo mercado de Atenas, para discutir as questões da existência. Ele nunca escreveu uma linha. O seu método resumia-se a propor temas, instigar ideias com perguntas, ouvir o que os seus seguidores tinham a dizer, ensinar e, ao mesmo tempo, aprender. Tudo em nome de um único objectivo: o desenvolvimento das pessoas à sua volta.
Caro Hercules: Nesta tua epopeia que se avizinha, em terras de tupis e guaranis, não deixarei de ousar em te dar alguns conselhos, que te poderão ser úteis para a sobrevivência em tão distantes paragens. Usa a lança, mas não deixes de te defender com o escudo, pois nunca se sabe quantos dissabores (além dos ditos tropicais) te poderão trazer as traiçoeiras piranhas, descendentes das aguerridas amazonas. Não deixes que o escudo se rompa, e na eventualidade de que tal suceda, leva alguns de reserva, até porque podes ter várias batalhas (apesar do peso dos anos, que, convenhamos, já convidam a algum descanço)... Por último, mas não menos importante, não deixes de trazer despojos de terras de "Bera Cruz", para Aquiles. Em conformidade, basta um equipamento negro com uma lista diagonal branca, para que possa participar nos jogos em honra dos deuses... Resta-me apresentar o desejo de que as deusas te voltem a acompanhar e que não deixes de bulir!
Mesmo quando não saem do banco, para a generalidade da imprensa portuguesa o Real Madrid é tratado como a equipa do Figo, o Milão é o Rui Costa e até o Manchester era a equipa do treinador-adjunto Carlos Queiroz até lá ter chegado o Cristiano Ronaldo. Agora, quando finalmente temos uma instituição internacional a funcionar à exacta medida do talento e das capacidades de um “português de sucesso”, não deixa de ser estranho que ninguém lhe atribua os verdadeiros créditos.
As coisas começaram logo a correr mal com a ameaça de veto do Parlamento Europeu à equipa de comissários apresentada por Durão, obrigando-a a uma inédita apresentação de novas caras ainda não estava sequer empossado. Seguiu-se a ratificação da Constituição Europeia, com o “nosso” José Barroso a garantir depois do “não” francês que o processo iria continuar. E continuou, pelo menos até à véspera do Conselho onde os governantes europeus não chegaram a acordo sobre o financiamento e as Perspectivas Financeiras da União.
Durão Barroso não terá, certamente, toda a culpa na “profunda crise” em que a Europa mergulhou. Mesmo assim, quando alguém se lembrar de a relacionar com a falta de estatura e peso politico do Presidente da Comissão Europeia, tenho a impressão que não faltará muito para que Durão apareça em público a dizer que não pode recusar a imensa honra que é aceitar um qualquer prestigiante cargo internacional que lhe foi oferecido. Como Alto Comissário da ONU para os Refugiados, quem sabe.
Não é a mais exaltante das posições, a vossa, amigos. Vejo-vos sentados (mentalmente, mas sentados) à volta de dois ou três banais sacos de correio. Lá dentro está o vosso futuro, estão os vossos sonhos, com uma mistura de receios, de reservas. Porque, mesmo sendo bom, o futuro não será ainda o melhor. Não se pode ter tudo? Vocês mereciam tê-lo. É uma posição degradante, também, essa de estarem vocês nessa velada ombro a ombro com os prepotentes, eles de olhos nos mesmos sacos. Sabem eles o que vocês pensam: que a prepotência já durou de mais, sim, a prepotência tem isso, dura sempre muito, e nunca que lhe chegue. Mas eles sabem, e melhor do que vocês, que, mesmo prolongada, a prepotência nunca mais poderá ser a mesma. Nunca mais as noites lhes serão tranquilas, como tão longamente puderam ser. A partir de agora, vocês, ou os vossos sonhos, andarão rondando-lhes a porta. Nunca mais o vinho lhes saberá ao mesmo, e as alegrias despreocupadas acabaram-se, elas também. E quando passarem pelas ruas, passarão acuados, procurando as sombras. Bem contadas as coisas, isto já vocês ganharam: a intranquilidade deles. Não sei quantos portugueses vos acompanham nestes dias. Receio que poucos. A expectativa devia ser nossa, também. Também um bocadinho do nosso futuro está dentro desses sacos. Mas, a julgar por o que o nosso primeiro-ministro e o vosso eventual futuro presidente escreveram nos jornais, trata-se dum futuro discreto, duma cooperação ‘regional’, bucolicamente fronteiriça, ao nível da arrumação de quintais vizinhos, portanto a milhas duma qualquer relação internacional, com as capitais do estado pelo meio, ou não. Já é alguma coisa? Sim, por Zeus, já é alguma coisa. Nunca houve em Portugal uma ‘política galega’, e surge finalmente coisa parecida com isso, mesmo se publicitada em jornais galegos e exarada em autonómico. Também isso ninguém no-lo rouba já. É isto, amigos galegos. O vosso e o nosso futuro já começaram. Nada mais será agora exactamente o que foi. E dentro de dias poderá ser, quem sabe, mesmo festa. Vossa, claro. Nesse dia, se olharem bem, hão-de ver, no nosso quintal, gente a erguer um cálice de alvarinho, garantidamente caseiro. Mais bucólico será impossível.
A grande farsa na Fórmula 1 actual tem a ver com pneus, mas não com a recusa (voluntária) de sete equipas de alinharem no Grande Prémio deste fim de semana. A grande farsa está na (absurda e injustificável) regra que proíbe as mudanças de pneus durante as corridas. Graças a esta medida, um dos momentos mais emocionantes e espectaculares da Fórmula 1, a mudança de pneus, não existe. só quem nunca viu um Grande Prémio de Fórmula 1 ignora a importância da mudança de pneus no espectáculo. Esta medida prejudicou evidentemente as equipas com pneus Bridgestone. São os resultados que o dizem. Ninguém de bom senso espera que o melhor carro e o melhor piloto da história da fórmula 1, de um momento para o outro, "não corram". O que se passa, a mudança drástica relativa ao passado, é a situação dos pneus. Embora ponha em causa a regra em questão, pelo que já referi, não ponho em causa a verdade desportiva que dela resulta. A verdade é que a Michelin adaptou muito melhor os seus pneus do que a Bridgestone para correrem um fim de semana inteiro. As equipas que correm com Bridgestone vêem-se em nítida dessvantagem, mas tal resulta da sua própria escolha. As regras, embora muito discutíveis, são válidas para todos. Por isso mesmo nunca seria aceitável, em nome da verdade desportiva, a exigência por parte das equipas equipadas com pneus Michelin para mudarem os pneus à última hora, só porque um piloto (Ralf Schumacher) teve um acidente que poderá ter sido devido à mistura escolhida. Se havia falhas na segurança da mistura escolhida pela Michelin para os pneus, tal falha deve ser exclusivamente imputada à Michelin. Se essas falhas se resumiam a uma dada zona do circuito, os pilotos com pneus Michelin deveriam passar com mais cuidado lá. Em qualquer caso, as regras têm de ser cumpridas e nunca alteradas à última da hora, sob pena de se falsear a verdade desportiva. Com isto, talvez esteja na altura de a FIA repensar a regra mais estúpida de sempre da fórmula 1. E entretanto o mais importante: os sinos voltaram a tocar em Maranello. Forza Ferrari!
Uma sociedade sem crime é uma utopia. O que não deve impedir que se reprima o crime e se tente preveni-lo, mas impõe que não se perca de vista que a «criminalidade zero» é inatingível. Os macacos manifestantes de Sábado são parte do problema que é o crime, não são parte da solução. Em primeiro lugar, porque eles próprios são criminosos, ou desejam sê-lo (um dos promotores principais da manifestação é aliás um assassino, condenado como tal pelos tribunais da República). Em segundo lugar, porque as próprias «soluções» que propõem são criminais (deportação de residentes legais, descriminalização da violência policial, despenalização da violência sobre negros e homossexuais). Em terceiro lugar, porque o seu discurso de ódio visa envenenar qualquer debate racional que se queira ter, quer sobre a criminalidade, quer sobre a integração dos imigrantes. A solução do problema que é a criminalidade passa apenas por aplicar leis que existem e que são iguais para todos. Nada mais. Sampaio foi parte da solução ao visitar a Cova da Moura no Sábado, e mais ainda ao defender a alteração da lei da nacionalidade. Numa República, a nacionalidade não pode ser um privilégio hereditário. Deve ser um direito daqueles que nascem no território republicano. Difundir o princípio de que a cidadania portuguesa deve ser política e não cultural é também um imperativo. Evidentemente, já tardam medidas sociais que retirem os imigrantes e os seus descendentes dos guetos urbanos e sociais. Nomeadamente, realojar os residentes de bairros degradados, pôr um fim às turmas escolares em que se agregam apenas os repetentes e os alunos de minorias «étnicas», ou apoiar as actividades desportivas e associativas. Os cretinos de Sábado escolheram ser parte do problema. A melhor resposta que se lhes pode dar é tornarmo-nos parte da solução.
A eleição presidencial vista da esquerda A «esquerda» tem três candidatos ganhadores possíveis para a eleição presidencial de Janeiro de 2006: António Guterres (que parece não querer concorrer), Mário Soares (que já passou dos 80 anos) e Freitas do Amaral que, ironia das ironias, esteve próximo de ser o único presidente de direita eleito durante o actual regime democrático. Incluo Freitas do Amaral porque se tem deslocado consistentemente para a esquerda. Tem, por exemplo, uma atitude mais aberta do que Guterres na questão do aborto, e militou contra a guerra no Iraque. Se fosse o candidato da esquerda em 2006, seria uma daquelas extravagâncias que daqui por um século pareceria inexplicável aos historiadores que estudassem a sua biografia. António Guterres seria o candidato natural, mas abandonou o Governo por razões que não quis explicar bem, e que, vistas à distância, parecem relevar de uma falha de ânimo psicológico imperdoável em política. Tudo somado, o menos mau ainda é Mário Soares.
Capital Mundial do Livro Depois do "estardalhaço" que o executivo municipal de Coimbra fez com a candidatura da cidade a Capital Mundial do Livro 2007 (evento promovido pela UNESCO), com lugar a grande destaque na comunicação social, seria bom que agora essa mesma comunicação social divulgasse que Coimbra perdeu para... Bogotá!!! É que essa candidatura foi feita em tempo record (2 semanas) perfeitamente em cima do joelho, tentando mostrar à cidade e ao país que aqui se promove o livro. Como!? se nem sequer conseguiram construir um edifício para uso exclusivo da Biblioteca Municipal, não se vislumbra a construção do Arquivo Municipal, não construíram a Biblioteca de Santa Clara (com projecto aprovado e contrato-programa assinado com o IPLB desde 2000), não sinalizam nas entradas da cidade a localização da Biblioteca Municipal, não conseguiram desenvolver o projecto da Casa da Escrita (antiga casa de Cochofel), etc., etc. E isto apenas no que refere à intervenção municipal. Quando não há dinheiro não há vícios e se nestes 4 anos não foi possível concluir nenhuma das obras enumeradas, então não "montem" candidaturas em ano de eleições autárquicas para fingir uma política do livro e da leitura que nunca existiu. Creio que virão dizer que Bogotá fez um excelente "lobbying" e mediatizou a candidatura com a oferta de livros do Dom Quixote. O costume. Verdade, verdade, é o que não tem sido feito pela Autarquia nesta e em outras áreas que importa desmontar!
"VASCO GONÇALVES, EUGÉNIO DE ANDRADE E ALVARO CUNHAL DEIXA- RAM-NOS MAIS POBRES, EM APENAS ALGUMAS HORAS, ESTES 3 VULTOS DO NOSSO PASSADO RECENTE..."
-C.est la bagarre!!, gritou o Arcanjo Gabriel, nesse dia de serviço à Porta D'Almas. -Oh Pedro, chega aqui fazes o favor.
São Pedro (nick name de Pedro o pescador), interrompendo um sono ruidoso, que ainda ia no começo, apareceu despenteado, e com um cheiro a búfalo que tresandava.
-Oh Gabriel, pô, não te disse que queria descansar.
Junto à cancela, três alminhas em fila de pirilau, gesticulavam furiosamente com o Anjo.
-Oh Chefe, suplicou o Anjo, estes cromos que acabam de chegar , negam-se a assinar a ficha de entrada, dizem que não acreditam nisto, e querem falar com quem manda aqui.
-Então quem são vocês para não quererem prenncher os formulários?, zangou-se São Pedro.
-Cunhal, Alvaro
-Eugénio
-Vasco, companheiro
responderam os 3.
-E então? insistiu a chefia.
-Para já, aqui o seu funcionário , que pelos visto não tem consciência de classe, está aqui a dizer-nos que esta birosca é o Check-point para decidir quem vai para o Céu, para o Inferno e para Purgatório. Ora nós não acreditamos em nenhum desses itens, portanto..., responde o Alvaro.
-E em Deus? provocou o chefão.
-Também não, camarada Pedro, e você que já é grandinho, já tem idadde para se deixar dessas fantasias, além de que está objectivamente a ser instrumentalizado pelos grandes grupos económicos . Abre os olhos companheiro.
Vasco avança irritado: -Eu cá não acredito em nada disto, aliás eu e aqui o Alvaro fomos cremados, vocês não nos podem estar a vêr.
O Eugénio, absorto nos seus pensamentos, não estava "nem aí" para aquele conflito, aliás, ele acabou por sacar de um papel de requerimento, esquecido na secretária do Anjo-de-dia, e retirando subtilmente uma "esfero" da asa do dito, logo começou a escrevinhar um versito alusivo: . "Cá por mim não acredito em nada do que diz este chato a morte para mim é o fim a este anjolas ,ainda o mato" . -Não nos desviemos do essencial, retomou o Alvaro, de dedo em riste na direcção do alegado primeiro Papa:
-Oh camarada, já viu que não passa de um assalariado a quem é sacada uma monumental mais valia, eles falam , falam , e afinal quem dá a cara é o meu amigo. Quanto é que o Homem lhe paga?
Abre-se de súbito uma porta lateral, dando entrada a vários anjos, asas espetadas, mariconera na mão e a tocar pífaro,vêm para a mudança de turno e vão saudando São Pedro com algum cerimonial.
-Apresenta-se o Arcanjo Leilael.
-Apresenta-se o querubim Hariel.
São Pedro confere e nota: -Mas falta um, falta um Anjo Serafim, então o Sitael não veio?
-Trocou o horário com o Gentil Nunes que está de baixa no Paraíso , disse a medo Hariel, e falando baixinho para si mesmo :"Também nunca aparece"
-Oh Alvaro, você parece ser o líder, é claro que há vida para além da morte, a prova é que vocês estão aqui.
Alvaro irrita-se e quase a gritar retruca: -Olhe que não doutor, olhe que não!!!nós não estamos aqui, nós morremos "piriode".o que o camarada julga vêr, é afinal um "solipsismo partilhado", tipo holograma XPTO de última geração.
Nessa altura, o querubim Hariel lembra: -Oh Chefe, cá para mim estes ateus e/ou agnósticos tem de ir pró curso básico de catequese, lembra-se do "Che"?, ele também se fartou de mandar vir, e hoje está recuperado para o sistema (até os américas se fartam de ganhar dólares com as t-shirts dele) e hoje, aguarda a promoção a "Potestade".
-Potestade? mas que é isso de Potestade?, grita furioso o Vasco.
-Santa ignorância, e foi você Primeiro Ministro, Potestade é uma Qualidade de Anjos, são os que guardam os caminhos que conduzem à Felicidade e ao Paraíso, enfim, uma espécie de sinaleiros vestidinhso com umas clâmides (tipo drag-queen) e dragonas douradas. O coordenador deles é o Camael, cujo nome significa "amanhã" e "força de Deus"
Houve-se então uma grande algazarra, passam no corredor algumas alminhas em processo de recuperação, já no 3º.nivel de catequese. À frente o Sartre salta ao eixo co o Ho-Shi-Min, logo seguido o Bertrand Russel, do Zé do Telhado, todos chasqueando das advertências da Madre Tereza de Calcutá, esta já em adiantado estado de Anja Serafina.
-Traidores, provoca o Alvaro, é a macieza das alcatifas que vos comprou.
Já de saco cheio, o primeiro Sumo Pontifice ralhou:
-Se vocês não querem escolher o Céu, inferno ou Purgatório, então vão todos pró Limbo., lixam-se por aquilo é humido e vão ficar todos torcidinhos como a Marrequinha do Monsanto. Enquadrados pelo "Reforço à Porta D.Almas", são levados da Sala em grande berraria. Perdem-se nas brumas ao som de Vangelis e da Internacional.
PS. Há quem diga, que esta imagem vista de cima, não revelava niguém na sala a não ser o São Pedro e os Anjos. Será que não há mesmo vida para além da morte?
Que coisa esquisita. Esquisito também é a questão de presidentes de esquerda e direita. Eu pergunto-me:
Existe Direita em Portugal? Onde? Pois se direita é a social democracia é uma direita muito fraca.
Será que existe Esquerda em Portugal? Sei que naturalmente todos pensamos que sim mas, ser de esquerda não é só defender políticas sociais moderadas.
Posso parecer irrealista mas quando é que acabamos com isto da esquerda e da direita? Será que ainda faz sentido?
Talvez faça sentido para muitos de gerações mais velhas, que viveram o 25 de Abril. Talvez até para quem viveu só a queda do muro de berlim com mais de 5 anos.
E esta malta de agora. Sim, a putalhada que pinta as paredes e usa calças a cair do cú.
Será que eles acreditam nesta sociedade partidocrática e nada democrática? Será que eles querem ser esses figurões da política que transitam de lugar em lugar de confiança política? Querem ser políticos de carreira?
Acho que não e preparem-se os políticos para mudar. Os eleitores mais tarde ou mais cedo já não vão querer promessas e mentiras a torto e a direito.
Espero ser vivo quando todos pedirmos aos políticos seriedade, rotatividade, actividade em vez do actual jogo de palmadinhas nas costas, do levantar o braço, etc.
Gostava também que neste blogue se discutissem mais estes assuntos, talvez com as pessoas mais identificadas e não tanto com brincadeiras que começam rápido e acabam num instante.
23 comments:
É já na proxima sexta que o nosso estafado hercules inicia o periplo anual por terras de vera cruz. Mais do que uma cruz carregada com gosto o verdadeiro calvario de hercules é voltar deixando para tras um pais de imensas belezas naturais tendo como unica companhia o narigudo do orelhudo.
Cumpre lembrar que o nosso pais ha muito abandonou as practicas colonialistas do quero posso e mando sobre a terra de cabral.
Com efeito, desde o grito do ipiranga, que a velha metropole olha com outros olhos, porventura mais esbugalhados, para aquela que foi, outrora, a joia da coroa, mais ao genero do "coroa..cê é uma joia viu". Sao agora mais os gritinhos de prazer que se fazem ouvir, no aeroporto, na praia, na padaria, no moteu.
Somos já um dos paises que mais investe no promissor pais de ronaldo, seja em jogadores de futebol, bares de praia,daniela cicarelli, hoteis alto standing, import/export variado, telefonicas, electricas, e até companhias de aviaçao.
Longe vao já os tempos das novelas, gabriela, roque santeiro, tieta e outras.Agora é mais calcanhoto, yvette,o pensador.O brasil já nós conhecemos de outros carnavais com menos pluma mas sempre muito animado.
Vai hercules e procura trabalhos, nós por cá vamos começar a mae das discussoes: Qual o perfil para uma namoradinha do nosso heroi? contributos sao bem vindos...sem malicia.
Ora assim, sim!!!!!!!!!!
Não quero acreditar neste post. Terá mau fim. Será de todos o menos participado, o menos inspirado pois começou com o Zeus mais envergonhado e limitado.
Que saudades da Pomba Gira
Tens que olimpar as tuas ideias, ó Zeus
Vou para o Novo Mundo!
Aqui deixo o meu trabalho no verdadeiro labirinto de Creta em que se tornou este "Eneídico" blog do "cafeatenas".
Obrigado Zeu s por esta cruz...
nós os mortais merecemos estes castigos, e eu mereço ser degredado para o Brasil!...
Vou com Numeróbis o excelsio arquitecto egípcio, que de certo me dirá quais as novas "construções" para o mundo velho. Numeróbis me aconselhará, e depois no regresso à Atenas sagrada!... a cobra (a Hidra)das sete cabeças me esperará e eu sem temor - Ó Zeus - a enfrentarei!!!
Rejuvenescido no Novo Mundo, não recusarei nenhum dos 12 trabalhos, e a alegria e a festa atenienses reinarão, até que o último deus do olimpo, "Baqueie" frente à Bárbarie.
As Ninfas e Musas cantam já suaves e doces melodias...Zeu s!...
esta é a condição do pobre Mortal!
O Vosso Hercules
Turismo sexual é mais intenso no litoral
As comidas típicas, as belas praias, o carnaval e os monumentos históricos não são os únicos elementos utilizados na propaganda turística sobre o Brasil. Para Maria José Bacelar Guimarães, coordenadora administrativo-financeira do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), a imagem da mulher brasileira associada à sensualidade também é muito freqüente nessas propagandas, o que colabora para o crescente número de visitantes que chegam ao país em busca do turismo sexual, especialmente no litoral do nordeste. Segundo alguns textos do Chame, a Bahia passou a se destacar na última década, como um dos pontos mais procurados na rota do turismo sexual e, por conseguinte, como um dos principais pontos do tráfico de mulheres para o exterior.
O Chame surgiu a partir de uma demanda do FraueninformationsZentrum (FIZ), o Centro de Informação para Mulheres da Ásia, África, América Latina e Leste Europeu, baseada na constatação do alto percentual de brasileiras envolvidas em casos de tráfico internacional de mulheres e na necessidade de estabelecer políticas de prevenção nos países de origem. O Chame foi implantado em Salvador/Bahia em 1994. A partir de 1997, foi instituído como projeto permanente de extensão do Neim (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher), da Universidade Federal da Bahia e, em 2001, tornou-se uma associação civil sem fins lucrativos.
Maria José Bacelar Guimarães concedeu entrevista à ComCiência falando do turismo sexual e do tráfico de mulheres, e revelando a necessidade de conscientização e sensibilização da sociedade para as questões que envolvem essas práticas.
ComCiência - O que se deve considerar como turismo sexual?
Maria José - O turismo sexual se caracteriza pelo deslocamento de homens de países ricos para países pobres ou em desenvolvimento, em busca de aventuras eróticas. Assim, é considerado turista sexual o estrangeiro vem ao Brasil com o objetivo específico de encontrar mulheres jovens ou adultas com as quais possa realizar fantasias sexuais. Mas esses homens não procuram profissionais do sexo, e sim garotas ou mulheres que os acompanhem durante sua permanência no país, não apenas atendendo sua expectativa sexual, mas servindo como guias, indicando desde pontos turísticos, até os locais mais seguros para que eles circulem sem que sejam explorados.
Desse modo, o turismo sexual em geral vem acompanhado de outras condições, o que dá ao turista uma temporada no Brasil mais barata (porque não pagam guias turísticos, por exemplo), e livre de problemas (porque se sentem mais seguros).
Quando estudamos o turismo sexual estamos nos referindo a esses casos, que algumas vezes são uma porta aberta para o tráfico de mulheres. A migração feminina se configura como tráfico quando as mulheres são envolvidas emocionalmente para concordarem com sua saída do país e, ao chegarem no exterior, têm seus documentos apreendidos e são impedidas de deixarem os locais em que se encontram, enfim, quando sua liberdade de ir e vir é tolhida e a mulher permanece "presa" a uma pessoa ou a um grupo de pessoas.
Alguns argumentam que o fato da mulher ter decidido livremente deixar seu país não caracteriza o tráfico. Entretanto, ao afirmarem isso, as pessoas não consideram um ponto importante: as circunstâncias em que a mulher concordou. Ou seja, de um modo geral ela desconhece, antes de sair do Brasil, as condições de vida que terá no país de destino e só ao chegar lá se defrontará com a dura realidade, que envolve discriminação, violência e abuso sexual, trabalho ilegal, escravidão, dentre outros. Há ainda um outro fator que também é decisivo nessa decisão: acalentamos o "sonho" de que o casamento com um estrangeiro, as perspectivas de um trabalho e a vida no exterior constituem em excelentes oportunidades para melhorar suas condições de vida. É evidente que esse sonho é alimentado pelo total desconhecimento das reais condições em que se vive como migrante em outro país, em especial em um país desenvolvido.
ComCiência - Como vêm se desenvolvendo as pesquisas sobre relações de gênero e turismo sexual?
Maria José - Esse não é um tema simples, ao contrário, é bastante complexo, e envolve uma multiplicidade de fatores (culturais, políticos, econômicos, psicossociais, étnicos etc.). No Brasil, este é um tema muito pouco estudado. Entre os principais pesquisadores brasileiros estão Adriana Piscitelli, pesquisadora da Unicamp, que desenvolveu uma pesquisa sobre Fortaleza, e Antônio Jonas Dias Filho, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que estudou o turismo sexual em Salvador.
Também o Chame tem produzido textos voltados para o trabalho de sensibilização e para a divulgação da temática em eventos nacionais e internacionais. Em julho de 2001 o Chame publicou o trabalho intitulado "Empresário procura mulher jovem, morena, bonita, liberal... - Explorando os anúncios de estrangeiros" resultado de uma pesquisa desenvolvida por mim, articulando, na análise dos anúncios veiculados por estrangeiros em jornal local, a teoria de gênero e o turismo sexual e a migração feminina internacional, temas envolvidos nesse material. De qualquer modo, não se deve esperar que uma pesquisa possa fornecer números e percentuais exatos acerca do turismo sexual, afinal não existem pessoas que se identifiquem como turistas sexuais, pois essa é uma prática que ocorre à revelia da lei, na clandestinidade.
ComCiência - É possível dizer que o turismo sexual é mais freqüente no litoral?
Maria José - O turismo sexual no Brasil é realmente muito mais freqüente nas cidades litorâneas. Em parte isso se deve exatamente a uma espécie de pacote turístico que as agências de turismo divulgam e que coloca o conjunto praia, sol e mulheres brasileiras. O corpo seminu da mulher é freqüentemente veiculado nessas propagandas, até mesmo quando estão divulgando o turismo ecológico.
Esse conjunto é a imagem do Brasil que é passada no exterior. Fica claro para o turista que aqui ele vai encontrar sol, mar, comidas exóticas e muitas mulheres à sua disposição. Pensando nas conseqüências dessas propagandas é importante que seu conteúdo seja alterado, porque até mesmo propagandas oficiais trazem esses elementos como um atrativo. É importante frisar que é possível fazer uma propaganda turística exaltando os monumentos históricos, a comida representativa da nossa cultura e a beleza natural das praias, sem utilizar o corpo da mulher, a exemplo do que vemos em propagandas turísticas da maior parte dos países europeus.
ComCiência - De que forma essa imagem da mulher se formou?
Maria José - Acredito que isso tenha raízes históricas na nossa cultura. Os livros de Jorge Amado, por exemplo, que foram traduzidos em inúmeras línguas, trazem a figura feminina como sendo a mulher "de cama, mesa e banho", à serviço do homem. Essa é a imagem da mulher brasileira que é vendida no exterior. Os estudos de Gilberto Freyre mostram como a mulher, principalmente negra, tinha uma condição diferente. A mulher negra é aquela que estava à disposição do dono da casa e também dos visitantes, transformada em objeto de satisfação dos seus desejos. A mulher branca era a dona da casa, aquela que deveria procriar, era preservada, não ficava exposta às vistas dos visitantes. Tanto que as casas tinham um espaço reservado para as mulheres e não era permitido ao visitante ter acesso a ele. Existe nesses exemplos uma visão sobre a mulher branca e sobre a mulher negra. Essa imagem da mulher negra, fortemente associada a uma função sexual, continua presente hoje e apresenta como alvo central os corpos das mulheres, representados como objetos de desejo, transformados em símbolo nacional. Na realidade do turismo sexual, apesar da preferência evidente pela mulher negra, trata-se da mulher brasileira, seja ela branca ou negra. É uma situação que pode envolver todas as mulheres. Por outro lado, também não considero que o turismo sexual envolva exclusivamente mulheres oriundas de famílias de baixa renda, porque existem muitas mulheres e garotas que sonham namorar estrangeiros, esperando encontrar o "príncipe encantado", aquele que transformará a sua vida, tornando-a "feliz para sempre", em um país "civilizado".
ComCiência - Por onde passa a solução dessa questão?
Maria José - Essa questão demanda antes de tudo uma mudança de mentalidade, demanda a sensibilização das pessoas para que percebam o que está por trás desses homens que aqui chegam de férias, cheios de gentilezas e dólares, e agora euros, para gastar.
O Chame foi criado a partir da experiência de sua fundadora, a brasileira Jaqueline Leite, no atendimento a migrantes da América Latina no FIZ . Esse centro é uma associação independente, sediada em Zurique/Suíça, que tem por objetivo principal o combate à exploração de mulheres estrangeiras na Suíça, e é mantido por diversas organizações de mulheres, instituições de políticas desenvolvimentistas, centros religiosos e fundos públicos do governo suíço. Anualmente, eles enviam uma estatística do atendimento, mantendo-nos informados sobre o atendimento pessoal, atendimento telefônico, atendimento a mulheres e crianças e os temas dos atendimentos. Essas informações são importantes para avaliarmos não só a demanda como também os principais problemas vividos pelas mulheres migrantes. No ano de 2000, por exemplo, último relatório recebido, o FIZ atendeu a 1797 mulheres, destas, 313 com crianças na Suíça e 279 com crianças em outros países. Entre os temas do atendimento a violência (psíquica, física e sexual) foi relatada por 205 mulheres, separação e divórcio por 135, direitos de estrangeiros, 114, dentre outros.
A criação do Chame visou alertar e prevenir a sociedade para os riscos da exploração da mulher jovem e adulta nas diferentes formas de migração e recrutamento para o trabalho forçado (sexual, doméstico e demais modalidades de escravidão, usualmente relacionadas à violência física e/ou psicológica), respeitando a sua liberdade de escolha.
ComCiência - Em quanto a participação de crianças e adolescentes na prática do turismo sexual?
Maria José - Quanto ao tema prostituição infantil, ele não faz parte da abordagem do Chame. No que se refere ao envolvimento de meninas com o turismo sexual, é um crime caracterizado na legislação brasileira como pedofilia e os envolvidos nessa prática são devidamente enquadrados na lei. Para tanto, é indispensável a denúncia, para que a polícia instaure o inquérito que apurará os fatos e dê prosseguimento à ação condenatória dos responsáveis. Esta, inclusive, tem sido uma preocupação constante dos órgãos governamentais, no sentido de abolir definitivamente esse tipo de ação, seja ela praticada por estrangeiros ou brasileiros.
No que se refere ao tráfico de mulheres, uma situação que dificulta muito a ação da justiça é a raridade das queixas. Essa situação ficou visível pelo Centro de Referência de Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), que identificou raras ocorrências de denúncia do tráfico. Esse fato não só dificulta a investigação como também, e principalmente, inviabiliza o conhecimento dessa realidade. Entretanto, é de certo modo compreensível essa dificuldade, uma vez que o tráfico de mulheres é ligado a uma rede de poder muito forte e as mulheres são coagidas e intimidadas, sob o risco de vida não só delas como de seus familiares, para se manterem em silêncio. A percepção dessa dificuldade, a partir, inclusive dos resultados da pesquisa do Cecria, tem mobilizado os órgãos governamentais no sentido de propiciar a proteção das testemunhas. Apesar disso, a garantia de direitos no que se refere a essas questões ainda é muito precária em nosso país, e torna necessária uma luta constante da sociedade civil organizada para conseguir avanços.
Zeu s, com "posts" destes perde-se a dinâmica.
Meu caro conselheiro, sem reduzir a importancia do teu interessante reparo, posso argumentar que o snack do benfiquista da pampilhosa tem produzido poucos motivos de interesse.
Aceito propostas com a abertura que, creio bem, me é reconhecida.
Lamento nao estar à altura dos elevados padroes de exigencia que pareces partilhar com o alexandrino nao fora a referencia deste ultimo à pomba gira.
Poderei equacionar mesmo o convite a todas as figuras publicas que precisem de limpeza de imagem por estarem indiciadas de qualquer crime como faz o rei do humor de carnaxide, ou arrastar para o blogue um infindavel numero de ranchos e bandas filarmonicas à laia do programa da manha.
Se o orçamento o permitir poderemos endereçar convites a anoes e gigantones; Leoes, dragoes tambem sao opçao dada a sua baixa cotaçao.
É tudo uma questao de gosto e oportunidade, entretanto, se o fastio for demasiado, vao ambos dar uma volta pelo blogue do pacheco (o sitio do nao) e depois regressem.
Abraço
Caro Zeus,
Eu sei que quando não se sabe boiar é dificil ficar à tona.A água não é concerteza o teu habitat. Já nem consegues digerir os jaquinzinhos...Preferes uma bela pata do teu burrico, ele tambem um compagnon. Atirar para a frente um post para ver no que dá e depois ficar só com o menino nas mãos... por via das dúvidas toca a largar a última deixa imediatamente antes de criar um novo post(?). Tu é que sabes. É o teu blogue. Mas não te fica bem. Coompreendo que não seja fácil ter de debitar quilómetros de texto (com a qualidade a que te obrigas) quando aparecem uns quantos pica-miolos. Mas,e as palavras não são minhas, pelos vistos a chegada destes Vikings foi um balão de oxigenio para o blogue. Quem o diz é um dos teus. Não, não é o teu burrico nem será nenhum dos Rocinantes.É decerto Alguém que sussurra a teu favor porque reconheceu que as coisas estavam mais para cá do que para aí. E depois? Qual é o mal? A sua maior participação é a nossa grande vitória! Somos arrivistas? Talvez. Entràmos para mexer, conseguimos. Como sabes quem somos, cada um de nós sem excepção, que pretendes quando tentas agrupar tres personagens numa só, usando para tal outra, essa sim meu alterego? Sempre soubeste qual o ambito de intervenção de KamurKalho. Porque tentas confundir este blogue já de si labirintico? Para quê ter de explicar-me. O teu receio também pode ser objecto de uma qualquer teoria freudiana. Bater e fugir é mais perfido. Devo dizer que ninguem conseguirá apagar a marca de água da dignidade com que participo neste blogue. Sou Thor, por ele respondo. Conhecer os discordantes é uma vantagem que por eles nos foi oferecida; não conhecer os acólitos dá para deles desconfiar. Conjuram agora que há interesse, preparam estratégias, mudam de nome. Sob a tua benção... mas diz-me, conheces ou calculas quem sejam? Não importa, desde que pra cá haja umas quantas calhoadas, passam a negociar estatutos de acima de qualquer coisa. São os compagnons de nunca.
Provavelmente este post(?) é a marca daquilo que presidiu à feitura deste blogue. Um misto de hobby e futilidade. É a diletancia de uns quantos. Tambem não tem mal. É pobre mas controlado. Quando o fim chegar, nada fica, a não ser uma saudade tipo jogos de Setembro.
Já agora devo informar-te, que por cá continuo na esperança que o próximo post seja melhor.
Aquele enorme abraço e desculpa qualquer martelada mal dada do THOR.
P.S.- Queria comunicar-te que o FITZPATRICK faz anos dentro de dias, mas por favor não ponhas isto à discussão. Qualquer bolita ou osso serve e não se fala mais nisso.
Carissimo Thor que saboroso é ter desafios como os que generosamente debitas, fazes lembrar no virtual as infindaveis discussoes de antanho, essas bem reais, no café da Adelaide (meninos!!! olhem o barulho).
Como essas tambem estas me agradam de sobremaneira, sobretudo quando sugeridas por alguem que muito prezo e respeito como é o teu caso, bruto do norte.
Nunca o conteudo fez diferença, a tua abrangencia intelectual cobre vastidoes de saber, nunca a forma constituiu problema, a tua versatilidade é ja proverbial.
Folgo em ver que continuas igual a ti proprio: rapido na ultrapassagem da razao pela emoçao, um peito aberto na era do calculismo, o exemplo paradigmatico da inteligencia emocional.
Porque me pareces agastado terei que esclarecer alguns dos mal entendidos que me parece resultarem da tua analise inflamada.
Zeu s nao boia, navega, surfa, deleita-se com tudo o que o egeu tem para lhe oferecer. Zeu s nao teme a vaga alterosa, cavalga-a em estilo, porventura num estilo muito seu, incompreendido por muitos mas admirado pelos que lhe interessam, e a Zeu s, deus poderoso mas simples, interessam-lhe poucos, tu, alias, na tua rebeldia pouco gelada, és um deles.
Deus de gostos modestos, ainda guardo as sensaçoes marinhas sugeridas pela degustaçao dos jaquinzinhos que o Kamurkalho gentilmente ofereceu.
Espartano continuo a preferir o meu burrico sereno que facilita o raciocinio, à cavalagem inquieta que só proporciona sustos com a quadriga dos pensamentos.
Poderoso como sou nao me assusta a necessidade de comentar os sucessivos contributos que fazem deste um blogue muito especial, com os mais desenvoltos pica-miolos do mundo virtual.
Que a chegada dos teus trouxe um novo fado a esta secçao da blogosfera, disso nao restam duvidas a Páris nem a ninguem, e se nesse ambito estamos conversados, sempre te lembro que nao era eu que pensava que tu eras "perigosamente inteligente" quando contigo fazia lobby (contestado) na luta contra os instalados romanos (que como todos sabemos sao doidos).
Não recuso aliados se lhes reconheço valia, mais valia era que, como eu, todos se preocupassem mais com o destino do que com a origem, em saber para onde vamos mais do que donde viemos.
Se feri por confusao lamento, que Lethes te diminua o sofrimento, sacrificarei a tal o meu mais querido borrego no seu altar. No calor da refrega terei cometido o pecado, nao de tomar a nuvem por juno, mas os acolitos por Thor, erro meu, má fortuna.
Explicando a diletancia que afirmas presidir aos intuitos deste etereo espaço, regular e sistematicamente renovado, devo alegar que sempre foi pelo ócio que produzimos o pensamento; Que foi pelo gozo que inventamos os jogos que teimamos em organizar nas datas precisas, elegendo os melhores atletas todos os setembros, creio até que nao te serao desconhecidas algumas coroas de louros...
Este olimpo persegue denodadamente esse ideal.
Não te abespinhes em demasia, para as agruras da vida real temos os nossos escravos, eu, por sinal, tenho um tao insolente quanto nutrido, de nome monteiro cujo cao, um pequeno rafeiro preto que trouxe da iberia, teria muito gosto em visitar o teu nobre cao do norte o FITZPATRICK e com ele partilhar uma bola ou um osso enquanto os donos degustassem uma lerca, um whisky e aquele céu.
É pa por amor de zeu s que interessa onde vai jogar o ricardo fernandes, ó velho arranja uma vida e vê lá se refreias a veia informativa. Nós tambem folheamos jornais e esta overdose de dicas e tricas sobre a preta já cansa. Nunca mais acaba o defeso. Chiça. Já sabemos do teu engagement, tens bons scores na votaçao que queres mais? Um ou dois comments vao chegando.
O grego Sócrates, um dos maiores pensadores de todos os tempos, costumava reunir os seus discípulos na Ágora, antigo mercado de Atenas, para discutir as questões da existência. Ele nunca escreveu uma linha. O seu método resumia-se a propor temas, instigar ideias com perguntas, ouvir o que os seus seguidores tinham a dizer, ensinar e, ao mesmo tempo, aprender. Tudo em nome de um único objectivo: o desenvolvimento das pessoas à sua volta.
Grande Hércules, podes sempre comer um Bobó de Camarão.
Hércules, não te esqueças que:
Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará
Caro Hercules: Nesta tua epopeia que se avizinha, em terras de tupis e guaranis, não deixarei de ousar em te dar alguns conselhos, que te poderão ser úteis para a sobrevivência em tão distantes paragens.
Usa a lança, mas não deixes de te defender com o escudo, pois nunca se sabe quantos dissabores (além dos ditos tropicais) te poderão trazer as traiçoeiras piranhas, descendentes das aguerridas amazonas.
Não deixes que o escudo se rompa, e na eventualidade de que tal suceda, leva alguns de reserva, até porque podes ter várias batalhas (apesar do peso dos anos, que, convenhamos, já convidam a algum descanço)...
Por último, mas não menos importante, não deixes de trazer despojos de terras de "Bera Cruz", para Aquiles. Em conformidade, basta um equipamento negro com uma lista diagonal branca, para que possa participar nos jogos em honra dos deuses...
Resta-me apresentar o desejo de que as deusas te voltem a acompanhar e que não deixes de bulir!
Um português de (in)sucesso
Mesmo quando não saem do banco, para a generalidade da imprensa portuguesa o Real Madrid é tratado como a equipa do Figo, o Milão é o Rui Costa e até o Manchester era a equipa do treinador-adjunto Carlos Queiroz até lá ter chegado o Cristiano Ronaldo. Agora, quando finalmente temos uma instituição internacional a funcionar à exacta medida do talento e das capacidades de um “português de sucesso”, não deixa de ser estranho que ninguém lhe atribua os verdadeiros créditos.
As coisas começaram logo a correr mal com a ameaça de veto do Parlamento Europeu à equipa de comissários apresentada por Durão, obrigando-a a uma inédita apresentação de novas caras ainda não estava sequer empossado. Seguiu-se a ratificação da Constituição Europeia, com o “nosso” José Barroso a garantir depois do “não” francês que o processo iria continuar. E continuou, pelo menos até à véspera do Conselho onde os governantes europeus não chegaram a acordo sobre o financiamento e as Perspectivas Financeiras da União.
Durão Barroso não terá, certamente, toda a culpa na “profunda crise” em que a Europa mergulhou. Mesmo assim, quando alguém se lembrar de a relacionar com a falta de estatura e peso politico do Presidente da Comissão Europeia, tenho a impressão que não faltará muito para que Durão apareça em público a dizer que não pode recusar a imensa honra que é aceitar um qualquer prestigiante cargo internacional que lhe foi oferecido. Como Alto Comissário da ONU para os Refugiados, quem sabe.
Faltam dois dias para a liberdade
Não é a mais exaltante das posições, a vossa, amigos. Vejo-vos sentados (mentalmente, mas sentados) à volta de dois ou três banais sacos de correio. Lá dentro está o vosso futuro, estão os vossos sonhos, com uma mistura de receios, de reservas. Porque, mesmo sendo bom, o futuro não será ainda o melhor. Não se pode ter tudo? Vocês mereciam tê-lo.
É uma posição degradante, também, essa de estarem vocês nessa velada ombro a ombro com os prepotentes, eles de olhos nos mesmos sacos. Sabem eles o que vocês pensam: que a prepotência já durou de mais, sim, a prepotência tem isso, dura sempre muito, e nunca que lhe chegue. Mas eles sabem, e melhor do que vocês, que, mesmo prolongada, a prepotência nunca mais poderá ser a mesma. Nunca mais as noites lhes serão tranquilas, como tão longamente puderam ser. A partir de agora, vocês, ou os vossos sonhos, andarão rondando-lhes a porta. Nunca mais o vinho lhes saberá ao mesmo, e as alegrias despreocupadas acabaram-se, elas também. E quando passarem pelas ruas, passarão acuados, procurando as sombras. Bem contadas as coisas, isto já vocês ganharam: a intranquilidade deles.
Não sei quantos portugueses vos acompanham nestes dias. Receio que poucos. A expectativa devia ser nossa, também. Também um bocadinho do nosso futuro está dentro desses sacos. Mas, a julgar por o que o nosso primeiro-ministro e o vosso eventual futuro presidente escreveram nos jornais, trata-se dum futuro discreto, duma cooperação ‘regional’, bucolicamente fronteiriça, ao nível da arrumação de quintais vizinhos, portanto a milhas duma qualquer relação internacional, com as capitais do estado pelo meio, ou não.
Já é alguma coisa? Sim, por Zeus, já é alguma coisa. Nunca houve em Portugal uma ‘política galega’, e surge finalmente coisa parecida com isso, mesmo se publicitada em jornais galegos e exarada em autonómico. Também isso ninguém no-lo rouba já.
É isto, amigos galegos. O vosso e o nosso futuro já começaram. Nada mais será agora exactamente o que foi. E dentro de dias poderá ser, quem sabe, mesmo festa. Vossa, claro. Nesse dia, se olharem bem, hão-de ver, no nosso quintal, gente a erguer um cálice de alvarinho, garantidamente caseiro. Mais bucólico será impossível.
LE REGOLE SONO REGOLE: VITTORIA INDISCUTIBILE!
A grande farsa na Fórmula 1 actual tem a ver com pneus, mas não com a recusa (voluntária) de sete equipas de alinharem no Grande Prémio deste fim de semana.
A grande farsa está na (absurda e injustificável) regra que proíbe as mudanças de pneus durante as corridas. Graças a esta medida, um dos momentos mais emocionantes e espectaculares da Fórmula 1, a mudança de pneus, não existe. só quem nunca viu um Grande Prémio de Fórmula 1 ignora a importância da mudança de pneus no espectáculo.
Esta medida prejudicou evidentemente as equipas com pneus Bridgestone. São os resultados que o dizem. Ninguém de bom senso espera que o melhor carro e o melhor piloto da história da fórmula 1, de um momento para o outro, "não corram". O que se passa, a mudança drástica relativa ao passado, é a situação dos pneus.
Embora ponha em causa a regra em questão, pelo que já referi, não ponho em causa a verdade desportiva que dela resulta. A verdade é que a Michelin adaptou muito melhor os seus pneus do que a Bridgestone para correrem um fim de semana inteiro. As equipas que correm com Bridgestone vêem-se em nítida dessvantagem, mas tal resulta da sua própria escolha. As regras, embora muito discutíveis, são válidas para todos.
Por isso mesmo nunca seria aceitável, em nome da verdade desportiva, a exigência por parte das equipas equipadas com pneus Michelin para mudarem os pneus à última hora, só porque um piloto (Ralf Schumacher) teve um acidente que poderá ter sido devido à mistura escolhida.
Se havia falhas na segurança da mistura escolhida pela Michelin para os pneus, tal falha deve ser exclusivamente imputada à Michelin. Se essas falhas se resumiam a uma dada zona do circuito, os pilotos com pneus Michelin deveriam passar com mais cuidado lá. Em qualquer caso, as regras têm de ser cumpridas e nunca alteradas à última da hora, sob pena de se falsear a verdade desportiva.
Com isto, talvez esteja na altura de a FIA repensar a regra mais estúpida de sempre da fórmula 1. E entretanto o mais importante: os sinos voltaram a tocar em Maranello.
Forza Ferrari!
Uma sociedade sem crime é uma utopia. O que não deve impedir que se reprima o crime e se tente preveni-lo, mas impõe que não se perca de vista que a «criminalidade zero» é inatingível.
Os macacos manifestantes de Sábado são parte do problema que é o crime, não são parte da solução. Em primeiro lugar, porque eles próprios são criminosos, ou desejam sê-lo (um dos promotores principais da manifestação é aliás um assassino, condenado como tal pelos tribunais da República). Em segundo lugar, porque as próprias «soluções» que propõem são criminais (deportação de residentes legais, descriminalização da violência policial, despenalização da violência sobre negros e homossexuais). Em terceiro lugar, porque o seu discurso de ódio visa envenenar qualquer debate racional que se queira ter, quer sobre a criminalidade, quer sobre a integração dos imigrantes.
A solução do problema que é a criminalidade passa apenas por aplicar leis que existem e que são iguais para todos. Nada mais.
Sampaio foi parte da solução ao visitar a Cova da Moura no Sábado, e mais ainda ao defender a alteração da lei da nacionalidade. Numa República, a nacionalidade não pode ser um privilégio hereditário. Deve ser um direito daqueles que nascem no território republicano. Difundir o princípio de que a cidadania portuguesa deve ser política e não cultural é também um imperativo.
Evidentemente, já tardam medidas sociais que retirem os imigrantes e os seus descendentes dos guetos urbanos e sociais. Nomeadamente, realojar os residentes de bairros degradados, pôr um fim às turmas escolares em que se agregam apenas os repetentes e os alunos de minorias «étnicas», ou apoiar as actividades desportivas e associativas.
Os cretinos de Sábado escolheram ser parte do problema. A melhor resposta que se lhes pode dar é tornarmo-nos parte da solução.
A eleição presidencial vista da esquerda
A «esquerda» tem três candidatos ganhadores possíveis para a eleição presidencial de Janeiro de 2006: António Guterres (que parece não querer concorrer), Mário Soares (que já passou dos 80 anos) e Freitas do Amaral que, ironia das ironias, esteve próximo de ser o único presidente de direita eleito durante o actual regime democrático.
Incluo Freitas do Amaral porque se tem deslocado consistentemente para a esquerda. Tem, por exemplo, uma atitude mais aberta do que Guterres na questão do aborto, e militou contra a guerra no Iraque. Se fosse o candidato da esquerda em 2006, seria uma daquelas extravagâncias que daqui por um século pareceria inexplicável aos historiadores que estudassem a sua biografia.
António Guterres seria o candidato natural, mas abandonou o Governo por razões que não quis explicar bem, e que, vistas à distância, parecem relevar de uma falha de ânimo psicológico imperdoável em política.
Tudo somado, o menos mau ainda é Mário Soares.
Capital Mundial do Livro
Depois do "estardalhaço" que o executivo municipal de Coimbra fez com a candidatura da cidade a Capital Mundial do Livro 2007 (evento promovido pela UNESCO), com lugar a grande destaque na comunicação social, seria bom que agora essa mesma comunicação social divulgasse que Coimbra perdeu para... Bogotá!!!
É que essa candidatura foi feita em tempo record (2 semanas) perfeitamente em cima do joelho, tentando mostrar à cidade e ao país que aqui se promove o livro. Como!? se nem sequer conseguiram construir um edifício para uso exclusivo da Biblioteca Municipal, não se vislumbra a construção do Arquivo Municipal, não construíram a Biblioteca de Santa Clara (com projecto aprovado e contrato-programa assinado com o IPLB desde 2000), não sinalizam nas entradas da cidade a localização da Biblioteca Municipal, não conseguiram desenvolver o projecto da Casa da Escrita (antiga casa de Cochofel), etc., etc. E isto apenas no que refere à intervenção municipal. Quando não há dinheiro não há vícios e se nestes 4 anos não foi possível concluir nenhuma das obras enumeradas, então não "montem" candidaturas em ano de eleições autárquicas para fingir uma política do livro e da leitura que nunca existiu. Creio que virão dizer que Bogotá fez um excelente "lobbying" e mediatizou a candidatura com a oferta de livros do Dom Quixote. O costume. Verdade, verdade, é o que não tem sido feito pela Autarquia nesta e em outras áreas que importa desmontar!
AFINAL ,HAVERÁ VIDA PARA ALÉM DA MORTE?
"VASCO GONÇALVES, EUGÉNIO DE ANDRADE E ALVARO CUNHAL DEIXA- RAM-NOS MAIS POBRES, EM APENAS ALGUMAS HORAS, ESTES 3 VULTOS DO NOSSO PASSADO RECENTE..."
-C.est la bagarre!!, gritou o Arcanjo Gabriel, nesse dia de serviço à Porta D'Almas.
-Oh Pedro, chega aqui fazes o favor.
São Pedro (nick name de Pedro o pescador), interrompendo um sono ruidoso, que ainda ia no começo, apareceu despenteado, e com um cheiro a búfalo que tresandava.
-Oh Gabriel, pô, não te disse que queria descansar.
Junto à cancela, três alminhas em fila de pirilau, gesticulavam furiosamente com o Anjo.
-Oh Chefe, suplicou o Anjo, estes cromos que acabam de chegar , negam-se a assinar a ficha de entrada, dizem que não acreditam nisto, e querem falar com quem manda aqui.
-Então quem são vocês para não quererem prenncher os formulários?, zangou-se São Pedro.
-Cunhal, Alvaro
-Eugénio
-Vasco, companheiro
responderam os 3.
-E então? insistiu a chefia.
-Para já, aqui o seu funcionário , que pelos visto não tem consciência de classe, está aqui a dizer-nos que esta birosca é o Check-point para decidir quem vai para o Céu, para o Inferno e para Purgatório. Ora nós não acreditamos em nenhum desses itens, portanto..., responde o Alvaro.
-E em Deus? provocou o chefão.
-Também não, camarada Pedro, e você que já é grandinho, já tem idadde para se deixar dessas fantasias, além de que está objectivamente a ser instrumentalizado pelos grandes grupos económicos . Abre os olhos companheiro.
Vasco avança irritado:
-Eu cá não acredito em nada disto, aliás eu e aqui o Alvaro fomos cremados, vocês não nos podem estar a vêr.
O Eugénio, absorto nos seus pensamentos, não estava "nem aí" para aquele conflito, aliás, ele acabou por sacar de um papel de requerimento, esquecido na secretária do Anjo-de-dia, e retirando subtilmente uma "esfero" da asa do dito, logo começou a escrevinhar um versito alusivo:
.
"Cá por mim não acredito em nada do que diz este chato a morte para mim é o fim a este anjolas ,ainda o mato"
.
-Não nos desviemos do essencial, retomou o Alvaro, de dedo em riste na direcção do alegado primeiro Papa:
-Oh camarada, já viu que não passa de um assalariado a quem é sacada uma monumental mais valia, eles falam , falam , e afinal quem dá a cara é o meu amigo. Quanto é que o Homem lhe paga?
Abre-se de súbito uma porta lateral, dando entrada a vários anjos, asas espetadas, mariconera na mão e a tocar pífaro,vêm para a mudança de turno e vão saudando São Pedro com algum cerimonial.
-Apresenta-se o Arcanjo Leilael.
-Apresenta-se o querubim Hariel.
São Pedro confere e nota:
-Mas falta um, falta um Anjo Serafim, então o Sitael não veio?
-Trocou o horário com o Gentil Nunes que está de baixa no Paraíso , disse a medo Hariel, e falando baixinho para si mesmo :"Também nunca aparece"
-Oh Alvaro, você parece ser o líder, é claro que há vida para além da morte, a prova é que vocês estão aqui.
Alvaro irrita-se e quase a gritar retruca:
-Olhe que não doutor, olhe que não!!!nós não estamos aqui, nós morremos "piriode".o que o camarada julga vêr, é afinal um "solipsismo partilhado", tipo holograma XPTO de última geração.
Nessa altura, o querubim Hariel lembra:
-Oh Chefe, cá para mim estes ateus e/ou agnósticos tem de ir pró curso básico de catequese, lembra-se do "Che"?, ele também se fartou de mandar vir, e hoje está recuperado para o sistema (até os américas se fartam de ganhar dólares com as t-shirts dele) e hoje, aguarda a promoção a "Potestade".
-Potestade? mas que é isso de Potestade?, grita furioso o Vasco.
-Santa ignorância, e foi você Primeiro Ministro, Potestade é uma Qualidade de Anjos, são os que guardam os caminhos que conduzem à Felicidade e ao Paraíso, enfim, uma espécie de sinaleiros vestidinhso com umas clâmides (tipo drag-queen) e dragonas douradas. O coordenador deles é o Camael, cujo nome significa "amanhã" e "força de Deus"
Houve-se então uma grande algazarra, passam no corredor algumas alminhas em processo de recuperação, já no 3º.nivel de catequese. À frente o Sartre salta ao eixo co o Ho-Shi-Min, logo seguido o Bertrand Russel, do Zé do Telhado, todos chasqueando das advertências da Madre Tereza de Calcutá, esta já em adiantado estado de Anja Serafina.
-Traidores, provoca o Alvaro, é a macieza das alcatifas que vos comprou.
Já de saco cheio, o primeiro Sumo Pontifice ralhou:
-Se vocês não querem escolher o Céu, inferno ou Purgatório, então vão todos pró Limbo., lixam-se por aquilo é humido e vão ficar todos torcidinhos como a Marrequinha do Monsanto. Enquadrados pelo "Reforço à Porta D.Almas", são levados da Sala em grande berraria.
Perdem-se nas brumas ao som de Vangelis e da Internacional.
PS.
Há quem diga, que esta imagem vista de cima, não revelava niguém na sala a não ser o São Pedro e os Anjos. Será que não há mesmo vida para além da morte?
Soares a presidente?
Que coisa esquisita. Esquisito também é a questão de presidentes de esquerda e direita. Eu pergunto-me:
Existe Direita em Portugal? Onde?
Pois se direita é a social democracia é uma direita muito fraca.
Será que existe Esquerda em Portugal? Sei que naturalmente todos pensamos que sim mas, ser de esquerda não é só defender políticas sociais moderadas.
Posso parecer irrealista mas quando é que acabamos com isto da esquerda e da direita? Será que ainda faz sentido?
Talvez faça sentido para muitos de gerações mais velhas, que viveram o 25 de Abril. Talvez até para quem viveu só a queda do muro de berlim com mais de 5 anos.
E esta malta de agora. Sim, a putalhada que pinta as paredes e usa calças a cair do cú.
Será que eles acreditam nesta sociedade partidocrática e nada democrática? Será que eles querem ser esses figurões da política que transitam de lugar em lugar de confiança política? Querem ser políticos de carreira?
Acho que não e preparem-se os políticos para mudar. Os eleitores mais tarde ou mais cedo já não vão querer promessas e mentiras a torto e a direito.
Espero ser vivo quando todos pedirmos aos políticos seriedade, rotatividade, actividade em vez do actual jogo de palmadinhas nas costas, do levantar o braço, etc.
Gostava também que neste blogue se discutissem mais estes assuntos, talvez com as pessoas mais identificadas e não tanto com brincadeiras que começam rápido e acabam num instante.
Coimbra80 = Lusa Atenas
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