Thursday, June 30, 2005


"A coragem, a entrega as causas publicas e o amor a Liberdade nao se apregoam. Vivem-se.
Emidio Guerreiro e disso exemplo. Nao recusou um combate justo; nao trocou os principios por vantagens de circunstancia; nao mediu perigos para afirmar os seus ideais.
Combateu o sidonismo, a ditadura militar de 28 de Maio e o salazarismo. Alistou-se contra as tropas de Franco, na Guerra Civil de Espanha e de Hitler, na Resistencia Francesa. Colaborou com Humberto Delgado nao se conformando com a impunidade do seu desaparecimento. Conheceu a prisao, os campos de concentra�ao e o exilio. Nao resistiu ao apelo da Revolu�ao de Abril e regressou a Portugal para travar os seus proximos combates.� - Pedro Santana Lopes

18 comments:

zeu s said...

Deixou-nos o homem que queria morrer pobre. Como Fernando Vale nao o logrou. Sendo a amizade um bem de preciosidade inestimavel, somos muitos os que, irmaos, amigos, companheiros, conhecidos, hoje sentimos a necessidade de os reter como exemplos de honradez, verticalidade, simplicidade, cultura e humanismo.
Que perdurem as tuas palavras de indomavel revolta, Patriota:

"Tende sempre o
espírito crítico, para
vós não deve haver
tabus. Dentro do
respeito que mereceis
vós mesmos vós
deveis criticar
impiedosamente tudo
quanto existe. Sim.
Criticar sem receio de
que vos chamem
demolidores. Vós sois
demolidores do mal,
vós sois os
construtores do futuro
ideal".

Anonymous said...

São chatos como este que fazem feder o clubismo.
Isto não é apoio é demência e podias ir fazer de maluco para outro manicomio.
Sinceramente estou farto de dar de caras com comentários acerca do preparador fisico (vê o ridiculo), as festas e jantaradas no casino (repara na bacoquice), os comunicados da direcçao (atenta na lambebotice), os clubes do fim do mundo onde vao jogar ex assalariados do clube (assinala a idiotice).
Por mais de uma vez já alertei o velho do calhabé, aqui e no seu proprio blogue onde, compreensivelmente, ninguem comenta nenhum dos seus comentários.
Talvez já chegue.
Não gostaria de considerar que nao passas de um intrometido abelhudo, de gosto duvidoso e com clara falta de discernimento entre o que é importante e o acessorio.
Um comentário deste teor por dia è mais do que suficiente, vários comentários definem a nausea.
Há vida para alem do futebol, despe essa branca camisa de forças que te tolhe o raciocinio e vai à tua vida, descansando um pouco a nossa.

Anonymous said...

"...Eu podia contar, porque já lá o provei, como é bom o pâté de canard, que Adolfo todas as semanas recebe de França.Mas isso levaria tempo e poderia levantar suspeitas sobre quem é quem nesta história.
Neste momento estão os três de Argel a entrar no carro onde entretanto já se encontra o camarada Hernandez, que foi jantar a outro restaurante. Arrancam para Madrid, seguidos a certa distância por um carro da secreta espanhola atrás do qual vem o da portuguesa. São quase duas horas da manhã do dia 25 de Abril, mais uma do que em Portugal para onde rodam, já relativamente perto da fronteira, «Santiago» e «Dinis» e, muito mais longe, João Silva, aliás «Rogério», e o condutor, aliás X.
Da 2ª Brigada nãoi há sinal, anda talvez às voltas em Toledo à procura de quem já lá não está.
Juntos e separados, como no verso de Eugénio de Andrade, vão os velhos companheiros, Rafael, Jorge Fontes, Manuel Maria, Hermínio Rosa, Daniel, João Silva e o Outro, o que nem por não ter nome deixa de ser canarada, sem esquecer Pedro Lobo, o que já é estátua, os três primeiros vão para Madrid, os outros para Lisboa, o último já lá está, juntos e separados.
São três da manhã, hora de Espanha, quando, já dentro de Madrid, Rafael Gonçalves da Veiga, Jorge Fontes e Manuel Maria ouvem a Rádio Nacional noticiar que há estranhos movimentos de tropas em Lisboa.
Precisamente à mesma hora em que, já perto de Badajoz, «Santiago» e «Dinis», que sintonizaram o Rádio Clube Português, ouvem uma marcha militar, logo seguida da voz do locutor: «Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas.»
- Se calhar deviámos ter seguido para Lisboa, arrisca Manuel Maria.
- Nós estamos sempre a seguir para Lisboa, responde Jorge Fontes.
- A direito por linhas tortas, diz Rafael, enquanto olha para uma lasca de madeira que leva na mão e depois mete no bolso.
- VocÊ está sempre a mexer nisso, a tirar e pôr na carteira, parece um amuleto, diz Jorge Fontes.
- Se calhar, responde Rafael.
- Mas porquê?
- Foi o meu pai que mo deixou.
- E que raio é isso?
- É uma história muito antiga, faz parte de mim, de certo modo sou eu, o Pinheiro das Sete Cruzes, parece o título de um folhetim."

Manuel Alegre de Melo Duarte, Rafael

Anonymous said...

Grande combatente da Liberdade, intrinsecamente fiél aos seus princípios e crenças, á muito sua maneira de ser Homem. Um voto sentido de pesar. Todos estamos mais pobres. Cada vez mais pobres.

Não sem inveja me inclino perante a memória deste grande senhor, Fernando Vale.

Valeu

Tubarão

Anonymous said...

P.S: única figura comparável, em termos de bravura e rectidão, a Emídio Guerreiro, a cuja memória me curvo igualmente...

Grande Guerreiro

Tubarão

Anonymous said...

Emídio Guerreiro morreu ontem com 105 anos, a curtos dois meses do 6 de Setembro, dia do seu nascimento. Faleceu em Guimarães, cidade que o viu nascer. O corpo está a partir das 10h em Lisboa, onde ficará em câmara-ardente na sede do Grande Oriente Lusitano, ao Bairro Alto. Realizar-se-á depois, em data a anunciar, a cremação do corpo, no cemitério do Alto de São João, e só então a urna com as cinzas recolherá à cidade natal.

in Publico

Anonymous said...

Uma reportagem, reproduzindo o seu discurso, no seu 105º aniversário, em Guimarães: "... eu acredito no futuro... talvez por isso tenha chegado a esta idade!"

A sua vida foi uma longa travessia, que percorreu três séculos, num oceano revolto e alteroso.
Afoito no calor da refrega pela liberdade, resoluto na defesa da dignidade humana como valor absoluto, nunca deixou de ter os olhos postos no futuro... mesmo quando a idade lhe branqueou o cabelo e lhe tirou o vigor físico.

Zeu s fez o encómio a um homem que nos deixou um legado de sabedoria inestimável.
Saibamos honrar a sua memória.

Anonymous said...

Saibamos honrar a sua memória. Saibamos então ser fiéis aos nossos princípios, valores e ideais, ainda que os mesmos sejam diferentes, divergentes até, dos consagrados pelos que nos rodeiam, sejam eles governantes, partidários, o acessor, o bibliotecario da bola, ou o omnipresente e poderoso imortal que a todos nós controla, bem como ao incontactável e indomável Deus das bravias terras escandinavas. Não percamos o espírito crítico, sem deixarmos de olhar para nós mesmos! Assim também nos honraremos a nós próprios

Anonymous said...

...

Anonymous said...

Para poder me honrar a mim próprio, sempre direi que a penúltima mensagem foi por mim redigida. Cumprimentos.

Anonymous said...

oh anonymous... "assessor" é assim que se escreve, com 4 ss!

Anonymous said...

ASSUNTO: POLITICAEHOUSE

Caro Corto,
Preciso de falar contigo em particular. Vais prometer-me que ninguém saberá do teor desta conversa. Nem Zeus.
Concedi a mim próprio esta excepção de falar com outro elemento do blogue que não Zeus. Não que não venha a falar com outro, não sou dogmatico, mas para já estamos assim. É, portanto, uma violação. Não quero que te julgues segunda escolha, pelo contrário, és o mahatma a quem, quando receoso e inseguro, bastas vezes recorro. Será pois mais uma conversa das nossas. Introspectiva e existencialista. Talvez remorsiva.
Esta a horas decentes.
Então aqui vai:
Quando da chegada dos Vikings, alterquei-me várias vezes com Zeus. A controversia girava em torno dos que vinham e para que vinham. Cedo se percebeu que independentemente das diferenças, chegámos para adicionar. Zeus na sua inexcedivel liderança logo reconheceu amigos em cada comentário. Niord, desafiador mas muito irreverente, Siegrfied refreava com moderado humor e Ragnork há muito que cá estava. Todos eles com qualidade, guerreavam. Zeus foi guerreiro e diplomata, foi arrogante e simples, deu a cara à luta, soube chefiar os seus e agora, connosco, é o lider deste cada vez maior blogue. Acredita, porque me conheces, que não se trata de capitulação, mas sim solidariedade e enfileiramento. Hoje, como praticamente todos os que sempre aqui estiveram, tambem eu me sinto um dos donos deste domínio. Neste sentido hei-de bater-me sempre contra o seu fim, enquanto garantir o minimo exigido dentro dos parametros por nós estabelecidos, como em família. Tudo feito na virtualidade da boa educação. O insulto, mesmo quando existe, é glosado.
Aqui reside o drama.
Sinto o blogue ameaçado. Estão para chegar os aparatchics. Transportam para outros espaços, o que aqui é mote. Subversivamente. Procuram aqui o que não tém em casa. A galinha do vizinho é sempre melhor que a nossa... principalmente em tempo de recessão. Para aqueles peditórios já dei. Sei porque tambem os fiz mas estou completamente vacinado, acredita. E como eu está Zeus.
Repara, não pretendo para este blogue uma versão da Vila de M.Night Sulameyen. Não pago para me isolar da praga da sociedade. Tambem lá vivo. Mas isto é um dos meus retiros. Quando cá estou, estou igualmente a ver o mar, longe desses tanguistas que finalmente reçaibiados, fora da grelha de partida para as nomeações, investem em inumeras direcções. Esta é uma delas. Nós sempre fomos postos fora, nunca contámos. Que querem eles agora? Aqui,as gaivotas comem peixe, mas não na esteira suja das fragatas!Chegado como cheguei quem sou eu afinal para votar pelo indeferimento?
Constrange, isso não tenhas dúvida.
Zeus insurgiu-se contra a ofensiva, mas magnanimamente e com toda a sua diplomacia ofereceu-lhes um lugar na sua mesa.
Agora diz-me Corto, que poderia fazer Zeus?
Ao arrepio da sua inquestionavel decisão, quando lhe perguntaram se queria que retirassem o nosso link do blogue deles, eu responderia,
JÀ E SEM DEMORA!

Um saudoso abraço neste desabafo. A martelada que se impõe do THOR.

P.S. - Pode parecer esquisito a nota de rodapé ser o assunto hoje proposto no post.
Tenho a certeza que Emidio Guerreiro se porventura conheceu este blogue, nunca deixou de sorrir.

Anonymous said...

Senhor Velho do Calhabé, considere-se expulso.

Anonymous said...

Tema: POLITICAEHOUSE
Caro Thor a sua mensagem chegou onde devia chegar e atingiu quem devia atingir, assim sendo darei por SAtisfeito os seus desejos e como tal retiraremos da nossa casa o nosso mais recente convidado, da qual o senhor faz parte, não é nenhuma expulsão, parece é que os convidados estão incomodados...
Relativamente a este seu comentário : "...Quando cá estou, estou igualmente a ver o mar, longe desses tanguistas que finalmente reçaibiados, fora da grelha de partida para as nomeações, investem em inumeras direcções. Esta é uma delas. Nós sempre fomos postos fora, nunca contámos. Que querem eles agora? Aqui,as gaivotas comem peixe, mas não na esteira suja das fragatas!Chegado como cheguei quem sou eu afinal para votar pelo indeferimento?..." nem sei o que lhe deva dizer do mesmo, mas espero mais tarde pronunciar-me sobre o mesmo, e apenas dizer-lhe que está a falar de pessoas que trabalham há muito e o seu único desejo através do Blog é denunciar os muitos podres do distrito...posso dizer que fiquei magoado...
não esperava isso do café atenas, e olhe que até conheço alguns de vós e sei que grande parte não se revê na sua posição...

Anonymous said...

Caro moliSSeiro: perdoe o português do pobre eleitor, que se confundiu com a sua acessibilidade.
4 abraços para o amigo moliceiro, deste pobre iletrado!

Anonymous said...

a

Anonymous said...

Antes de mais saudações academitas para todos vós.

Era simplesmente para vos informar que o Prontuário já se encontra à venda nas livrarias mais próximas...
Quem não estiver interessado poderá optar pela compra do famoso "Dicionário da Língua Portuguesa - Porto Editora", para evitar escrever com erros ortográficos.
Aproveito para corrigir uma palavrinha:
Reçaibiado (errado) = Ressabiado (certo)

Anonymous said...

Meu caro anónimo: não desejaria o caro amigo apresentar saudações académicas, em vez de "academitas"!? Ou será um neologismo, do tal famoso dicionário por si referenciado?
Cumprimentos